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Ministro da Economia admite que ritmo de crescimento "não satisfaz"

Manuel Caldeira Cabral confia numa aceleração do PIB no terceiro trimestre e desculpou-se em frente aos industriais têxteis por um Orçamento que ficou aquém do "porventura desejável" no apoio às empresas.

Bruno Simão/Negócios
19 de Outubro de 2016 às 16:55
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O ministro da Economia reconheceu esta quarta-feira, 19 de Outubro, que, embora o país esteja desde 2014 numa trajectória de recuperação económica, essa progressão não está a ocorrer actualmente a um ritmo que "satisfaz" o Governo. 

 

Durante o fórum da indústria têxtil, em Famalicão, Manuel Caldeira Cabral apontou que o ligeiro aumento do PIB ao longo deste ano está a ser "puxado pelo sector externo e também pela procura interna", acrescentando ter indicações de que os dados do terceiro trimestre vão mostrar "novamente uma aceleração".

 

Segundo os números divulgados no final de Agosto pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a economia portuguesa cresceu 0,3% no segundo trimestre deste ano, face aos primeiros três meses do ano, e 0,8% em termos homólogos. 

 

No primeiro trimestre a economia desacelerou em termos homólogos – tendo crescido 0,9% face ao primeiro trimestre de 2015 – e confirmou a quase estagnação da economia desde meados de 2015, com um avanço de 0,2% face ao último trimestre do ano passado. Uma estagnação que se prolongou para o segundo trimestre do ano.

 

Dirigindo-se aos empresários que preenchiam por completo o auditório do CITEVE, o centro tecnologia da indústria têxtil, o ministro da Economia destacou o aumento homólogo de 6% das exportações deste sector nos primeiros oito meses do ano e também o crescimento no emprego. 

 

Caldeira Cabral salientou que o Governo está a ajudar a este comportamento com o corte nos custos de contexto, através do Simplex, e com a menor subida dos preços da energia eléctrica, cujo aumento de 1,2% fica abaixo da inflação e é o menor desde 2006.

 

OE 2017 de "contenção" no apoio às empresas

 

Já no que toca ao Orçamento do Estado para 2017, o governante frisou que "não foi possível reduzir os impostos de forma alargada a todas as empresas", mas incluiu "sinais claros" para as empresas que investem, que apostam na inovação e para as que se capitalizam.

 

"Alargou o crédito fiscal ao investimento, tem programas de incentivos fiscais para quem investe nas empresas mais inovadoras, não esqueceu a capitalização das empresas, (...) que podem deduzir o que é a entrada dos capitais próprios e não apenas os juros que paguem", resumiu.

 

Falando num "exercício complexo e que garante a continuação de um processo de consolidação em que o país está empenhado", reconheceu ainda que o diploma orçamental para o próximo ano, exigindo contenção, "não permitiu aumentar todos os gastos sociais desejáveis nem aumentar os apoios às empresas, como porventura também seria desejável".

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