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Metade dos países da UE vai estar em recessão em 2023, antecipa líder do FMI

Kristalina Georgieva acredita que o ano que agora começou vai ser “mais difícil” que o anterior, justificando com o abrandamento simultâneo das grandes economias mundiais.

Clemens Bilan / Reuters
01 de Janeiro de 2023 às 17:26
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A diretora-geral do FMI prevê que metade dos países da União Europeia entrará em recessão durante este ano devido aos impactos da guerra na Ucrânia, antevendo um "ano mais difícil" do que 2022.

"A União Europeia foi severamente atingida pela guerra na Ucrânia", afirmou Kristalina Georgieva no programa da televisão norte-americana CBS, "Face the Nation" gravada ainda em 2022 e emitida este domingo, 1 de janeiro. "Metade da UE estará em recessão no próximo ano [2023] ", antecipou a diretora-geral da instituição sediada em Washington.

Georgieva acredita que o ano que agora arrancou será "mais difícil" para a economia global, pior do que aquele que terminou, uma vez que os principais motores do crescimento global estão a registar um abrandamento na atividade.

Porquê? "Porque as três grandes economias – EUA, UE e China – estão a desacelerar em simultâneo", respondeu a líder do FMI, admitindo, no entanto, que a economia norte-americana "é mais resiliente", podendo ainda "evitar a recessão". Georgieva sublinha que há um dado positivo, que é o do mercado de trabalho nos EUA. No entanto, pode revelar-se um pau de dois bicos. "A Fed (Reserva Federal) pode ter de manter a política monetária mais apertada (com taxas de juro mais altas) e por mais tempo para reduzir a inflação".

De acordo com o FMI, a economia mundial deverá desacelerar para 2,7% em 2023, abaixo dos 3,2% do ano anterior, mas poderá ser "ainda mais baixo", avisou a diretora-geral. E dirigindo-se aos bancos centrais deixa uma mensagem clara: "é preciso ter uma queda credível da inflação e apenas depois poderão pensar em recalibrar a política de juros".

A inflação mundial deverá descer para 6,5% em 2023, depois dos 8,8% de 2022, de acordo com as projeções mais recentes do FMI publicadas em outubro, podendo já estar desatualizadas.

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