A inflação prossegue a tendência de recuperação iniciada em Julho do ano passado, com um crescimento homólogo de 1% em Maio de 2015, o valor mais alto desde Junho de 2013, mostram os dados publicados hoje, 11 de Maio, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

"A aceleração do IPC em Maio foi determinada em grande parte pelas evoluções dos índices das classes dos Transportes, dos Produtos Alimentares e bebidas não alcoólicas e das Bebidas alcoólicas e tabaco, que passaram de taxas de variação de -1,4%, 1,2% e 4,0%, em Abril, para 1,0%, 2,1% e 5,1% respectivamente, em Maio de 2015", escreve o INE. 

Esses foram os produtos que ajudaram à aceleração dos preços face a Abril. Dois desses grupos - produtos alimentares e bebidas alcoólicas e tabaco - foram também os que maior contributo deram à variação homóloga da inflação. Por outro lado, a classe que deu o maior contributo negativo foi o vestuário e o calçado, com uma quebra de 2,5%.

Se olharmos para a inflação subjacente - que exclui bens energia e produtos alimentares - observa-se um valor mais baixo, mas também em recuperação, avançando de 0,5% em Abril para 0,7% em Maio. 

Essas duas classes de bens apresentaram recuperações assinaláveis. Os alimentos não transformados viram os seus preços crescerem 3,7% em Maio, depois de uma variação de 2% em Abril, enquanto os produtos energéticos, embora ainda em terreno negativo (-1,3%), tiveram uma contracção menos profunda que no mês anterior (-3%). 

(Notícia actualizada às 11h33)