Notícia
Inflação terá abrandado para 3,4% em junho com energia e alimentos a ajudar
Este é já o oitavo mês consecutivo em que a subida de preços alivia. Estimativa rápida do INE indica que a desaceleração de preços em junho é explicada pelo efeito base do aumento de preços, sobretudo nos combustíveis. Inflação "crítica" abrandou de 5,4% para 5,2%.
A taxa de inflação terá abrandado para 3,4% em maio, segundo a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A desaceleração é explicada pelo efeito base do aumento de preços, sobretudo nos combustíveis, e também o impacto do "IVA zero" num cabaz de bens alimentares essenciais.
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 3,4% em junho de 2023, taxa inferior em 0,6 pontos percentuais à observada no mês anterior", indica o INE. Este é já o oitavo mês consecutivo em que se verifica uma desaceleração no cabaz de compras.
" aria-label="Interactive line chart" id="datawrapper-chart-P5ANx" src="https://datawrapper.dwcdn.net/P5ANx/1/" scrolling="no" frameborder="0" data-external="1">"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 3,4% em junho de 2023, taxa inferior em 0,6 pontos percentuais à observada no mês anterior", indica o INE. Este é já o oitavo mês consecutivo em que se verifica uma desaceleração no cabaz de compras.
A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a variações de preços (energia e alimentos não transformados), terá abrandado de 5,4% para 5,2% em junho. A confirmar-se, este será já o quinto mês consecutivo em que a chamada "inflação crítica", que permite avaliar o nível de "enraizamento" da inflação na economia, está a abrandar, o que significa que tem havido pouca transmissão da subida de preços entre as componentes mais voláteis e as mais estáveis (saúde e educação).
Na energia, os preços continuam a cair, depois de terem entrado em terreno negativo em março. Em junho, a autoridade de estatísticas indica que a variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -18,8%, o que compara com os -15,5% do mês anterior. Ou seja, aliviou mais 3,3 pontos percentuais.
Já o índice referente aos bens alimentares não transformados desacelerou para 8,5%, após ter abrandado para 8,9% em maio, menos 0,3 pontos percentuais. À semelhança do que aconteceu no mês anterior, esse abrandamento na subida dos preços dos alimentos é explicado, em grande medida, pela entrada em vigor da isenção de IVA num cabaz de bens alimentares essenciais, para apoiar sobretudo as famílias mais vulneráveis.
Comparando com o mês anterior, a variação do IPC terá sido de 0,2%, quando em maio a variação mensal do IPC tinha sido de -0,7%. Há precisamente um ano, a variação mensal do índice de preços era de 0,8%. A variação média nos últimos doze meses é estimada em 7,8%, sinaliza o INE.
Por outro lado, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços com a dos restantes países da União Europeia, terá tido uma variação homóloga de 4,7%. O valor compara com os 5,4% registados no mês anterior, o que corresponde a um alívio de 0,7 pontos percentuais.
Os dados definitivos referentes ao IPC do mês de junho serão publicados no próximo dia 12 de julho.
(Notícia atualizada às 9:56)