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Inflação na OCDE acelera para 10,5%. Metade dos países já está nos dois dígitos

Organização admite que aumento geral dos preços já contaminou as economias para além da energia e produtos alimentares na maior parte dos países membros.

Preços dos produtos alimentares primários também estão a ser pressionados. Efeito tenderá a passar para o consumidor final.
Andrew Kelly/Reuters
03 de Novembro de 2022 às 11:00
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A inflação na OCDE atingiu em setembro os 10,5%, duas décimas acima do registo de agosto, revelou esta quinta-feira a organização de 38 países, sendo que metade já apresenta um valor de dois dígitos.

"A inflação homóloga na OCDE, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou para 10,5% em setembro de 2022, acima dos 10,3% de agosto", refere a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) em comunicado. A instituição sediada em Paris sublinha que "em setembro, a inflação de dois dígitos foi registada em 19 dos 38 países da OCDE, com as maiores taxas a registarem-se na Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia e Turquia" – todos acima de 20%.


A organização refere que a inflação subjacente – que exclui energia e produtos alimentares e é mais volátil e sujeita a maiores variações – acelerou para 7,6%, "em particular nos serviços", com esta componente a acelerar na maior parte dos países membros.


A OCDE nota que "apesar da descida registada nos preços da energia pelo terceiro mês consecutivo em 22 países, ainda se mantém elevada", com destaque para um "subconjunto de países europeus".


Na Zona Euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) que inclui os gastos dos não residentes, ou seja, maioritariamente turistas, aumentou para 9,9% em setembro, face a 9,1% em agosto, com todos os grandes agregados a registarem subidas. A estimativa rápida para outubro aponta para novo aumento, atingindo os dois dígitos (10,7%), refletindo uma subida dos preços da energia, de 40,7% para 41,9%.

Em Portugal, a estimativa rápida do INE aponta para um aumento da taxa de inflação homóloga - medida pelo IPC - em outubro para 10,2%, um valor 0,9 pontos percentuais superior à do mês de setembro.

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