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INE revê em alta crescimento do quarto trimestre para 2%

O INE reviu hoje em alta o crescimento do quarto trimestre de 2016, de 1,9% para 2%. A procura interna contribui positivamente para este resultado, enquanto a procura externa líquida penalizou o PIB. A revisão em alta não alterou o crescimento médio do ano, que se mantém em 1,4%.

Bruno Simão/Negócios
01 de Março de 2017 às 11:07
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Afinal, a variação homóloga do produto interno bruto (PIB) nos últimos três meses de 2016 foi superior aquela que tinha sido reportada inicialmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em vez de 1,9%, a economia portuguesa avançou 2% face ao mesmo período de 2015. Esta revisão em alta estende-se a todos os trimestres do ano, com variações 0,1 pontos percentuais superiores em todos eles.

Ou seja, em vez de ter crescido 0,9% no primeiro e no segundo trimestre do ano, a economia portuguesa avançou 1%. No terceiro trimestre, em vez aumentar 1,6%, o PIB reforçou-se 1,7%. Ainda assim, estas revisões em alta - a que se soma do quarto trimestre - não foram suficientes para alterar o crescimento médio anual, que o INE mantém em 1,4%.

O INE justifica estas revisões com nova informação sobre os deflatores do comércio internacional de mercadorias, assim como revisão de dados da Balança de Pagamentos. Este último factor teve impacto em todo o ano de 2016, daí a revisão em alta de todos os trimestres.


O que fez crescer o PIB no quarto trimestre?

Segundo explica o INE, a procura interna cresceu 2,5%, o valor mais elevado em ano e meio. Por trás desta variação está um consumo privado mais robusto (3,1%), mas também uma recuperação do investimento que regressou finalmente a terreno positivo, com um crescimento de 3,9% (no que diz respeito à formação bruta de capital fixo). 

Na vertente externa, as exportações de bens e serviços até aceleraram para 6,4%, mas as importações registaram um ímpeto ainda maior, com uma variação homóloga de 7,3%. Esta maior força das importações no final do ano - possivelmente influenciada pelo crescimento do investimento - resulta num contributo negativo da procura externa líquida para o PIB, no valor de -0,6 pontos percentuais. Por outro lado, a procura interna deu um contributo positivo de 2,5 pontos.
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