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INE confirma inflação de 4,2% em fevereiro. Transportes e restaurantes lideram subidas
Os preços dos produtos energéticos avançaram 15% em fevereiro, quando comparados com o mesmo mês de 2020. Por classes de despesa, as subidas foram mais intensas nos transportes e nos restaurantes e hotéis.
A taxa de inflação homóloga atingiu os 4,2% em fevereiro, acelerando 0,9 pontos percentuais face a janeiro, confirmou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). A puxar pelos preços estão os bens energéticos, um agregado que registou uma subida de 15%. Na análise por classes de despesa, o maior impacto é visível nos transportes e nos restaurantes e hotéis, indicam os dados.
À semelhança do que tinha sido já reportado na primeira estimativa de inflação para fevereiro, o INE confirmou também que excluindo os bens energéticos e os produtos alimentares não transformados (cujos preços são habitualmente mais voláteis) a taxa de inflação subjacente ficou em 3,2%, acelerando face aos 2,4% de janeiro.
Em termos mensais, a subida também foi ligeiramente mais intensa do que em janeiro, com os preços a avançar 0,4%, mais numa décima do que no mês anterior.
Ainda assim, olhando para os dados harmonizados com os restantes Estados-membros da União Europeia, Portugal continua a registar uma taxa de inflação mais baixa do que a média dos parceiros, apresentando 4,4%, contra os 5,8% da zona euro. Só França, Malta e Finlândia têm uma taxa de inflação harmonizada menor do que a portuguesa. Já a Estónia e a Lituânia destacam-se como os países com variações mais agudas: 12,4% e 13,9%, respetivamente.
Preços nos transportes e restaurantes sobem mais
Na análise à variação dos preços por classes de despesa, verifica-se que as duas classes onde as subidas foram mais intensas em fevereiro foram a dos transportes (que inclui bens energéticos) e a dos restaurantes e hotéis. Nos transportes a taxa de inflação atingiu os 8,5% e nos restaurantes e hotéis chegou a 5,2%. Todas as classes de produtos registaram subidas de preços.
Ainda assim, os alimentos continuam a dar um contributo maior para a subida da taxa de inflação global do que os restaurantes e hotéis. Os dados do INE mostram que o principal contributo continua a ser o que vem da classe dos transportes, seguido pelo que é dado pelos alimentos e só depois o dos restaurantes. Face a janeiro, estas três classes de despesa deram um impulso à taxa de inflação ainda maior.