A compra de bens por Portugal aumentou 16% em Abril deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2014. É o maior crescimento desde o final de 2010, quando se observou um reforço de 23,3%. 

Este resultado segue a tendência dos últimos anos de aceleração das importações, depois de Portugal ter atravessado um período débil de evolução das mesmas. Este ressurgimento da entrada de bens no País coloca em causa as melhorias conseguidas no saldo da balança comercial, uma vez que o equilíbrio desse saldo tanto pode vir de mais vendas, como de menos compras.  

Tome-se como exemplo Abril, mês em que as exportações até cresceram a um ritmo elevado (9,7%), mas foram largamente ultrapassadas pelas importações (16%). O resultado foi uma degração do défice da balança comercial. No trimestre terminado em Abril, a diferença entre exportações e importações fixou-se nos 2.343,3 milhões de euros, um agravamento de 67,2 milhões face aos mesmos três meses de 2014.

O reforço das exportações deveu-se essencialmente às saídas para outros países da União Europeia, com destaque para combustíveis e máquinas e aparelhos. O aumento das entradas de bens justificou-se também com a evolução do comércio intra-UE e, embora tenham crescido em todos os grupos de produtos, os combustíveis, os produtos químicos e os veículos foram os que mais cresceram.