Notícia
Ifo corta previsão de crescimento da Alemanha para 0,6% em 2019
O Instituto Ifo prevê que a economia alemã cresça em 2019 ao ritmo mais lento desde 2013.
O instituto alemão Ifo cortou a previsão do crescimento da economia alemã - a maior da Zona Euro - este ano de 1,1% para 0,6%, retirando 0,5 pontos percentuais à estimativa em apenas três meses. A revisão em baixa consta das previsões de primavera da instituição publicadas esta quinta-feira, 14 de março. A anterior estimativa tinha sido feita em dezembro.
"As atuais dificuldades de produção na indústria alemã vão provavelmente ser superadas, mas de forma gradual", explica Timo Wollmershaeuser, diretor das previsões do Ifo, referindo que em 2019 a indústria - incluindo o setor automóvel - não será um motor de crescimento.
Tal deve-se à perda de dinamismo da procura externa numa altura em que a economia internacional está com o pé no travão, que o "regresso" do protecionismo pesa nas exportações e que o desfecho do Brexit ainda é incerto.
Assim, o crescimento da economia vai ser alcançado pelo lado da procura interna: "Os motores domésticos de crescimento mantêm-se intactos", conclui Wollmershaeuser. O consumo privado deverá continuar a ser suportado pela dinâmica do mercado de trabalho.
O instituto prevê que, apesar de também travar, o emprego continue a crescer, acrescentando mais 400 mil postos de trabalho durante este ano. A taxa de desemprego deve cair para os 4,9% em 2019.
"Este ano, os fortes aumentos nos salários, a baixa taxa de inflação, a redução dos impostos e da contribuição para a segurança social assim como o alargamento das transferências sociais devem ter como resultado um aumento grande no rendimento real das famílias", prevê o especialista do Ifo, assinalando que esta será uma boa notícia para o setor da construção.
O consumo público também será um dos motores da Alemanha este ano ao crescer 2,6% e, ainda assim, o Estado alemão deverá manter um excedente orçamental de 0,8%, estima o Ifo.
Apesar do corte das previsões, há uma boa notícia a médio prazo. Tal como as restantes instituições, o instituto Ifo prevê que haja uma aceleração no próximo ano. A previsão para 2020 foi revista em alta de 1,6% para 1,8%, o que a concretizar-se será até melhor aos 1,4% registados em 2018.
Este maior pessimismo do Ifo face a 2019 vem em linha com o que pensa a maior parte das instituições, nomeadamente a OCDE e o Banco Central Europeu, que atualizaram previsões na semana passada.
Mas também o próprio Governo alemão, segundo o jornal alemão especializado em economia Handelsblatt, já trabalha com um número mais baixo (0,8%) do que os 1% que estimava em janeiro. O Executivo deverá atualizar novamente a previsão de crescimento em abril quando entregar o Programa de Estabilidade no Bundestag e em Bruxelas.
"As atuais dificuldades de produção na indústria alemã vão provavelmente ser superadas, mas de forma gradual", explica Timo Wollmershaeuser, diretor das previsões do Ifo, referindo que em 2019 a indústria - incluindo o setor automóvel - não será um motor de crescimento.
Assim, o crescimento da economia vai ser alcançado pelo lado da procura interna: "Os motores domésticos de crescimento mantêm-se intactos", conclui Wollmershaeuser. O consumo privado deverá continuar a ser suportado pela dinâmica do mercado de trabalho.
O instituto prevê que, apesar de também travar, o emprego continue a crescer, acrescentando mais 400 mil postos de trabalho durante este ano. A taxa de desemprego deve cair para os 4,9% em 2019.
"Este ano, os fortes aumentos nos salários, a baixa taxa de inflação, a redução dos impostos e da contribuição para a segurança social assim como o alargamento das transferências sociais devem ter como resultado um aumento grande no rendimento real das famílias", prevê o especialista do Ifo, assinalando que esta será uma boa notícia para o setor da construção.
O consumo público também será um dos motores da Alemanha este ano ao crescer 2,6% e, ainda assim, o Estado alemão deverá manter um excedente orçamental de 0,8%, estima o Ifo.
Apesar do corte das previsões, há uma boa notícia a médio prazo. Tal como as restantes instituições, o instituto Ifo prevê que haja uma aceleração no próximo ano. A previsão para 2020 foi revista em alta de 1,6% para 1,8%, o que a concretizar-se será até melhor aos 1,4% registados em 2018.
Este maior pessimismo do Ifo face a 2019 vem em linha com o que pensa a maior parte das instituições, nomeadamente a OCDE e o Banco Central Europeu, que atualizaram previsões na semana passada.
Mas também o próprio Governo alemão, segundo o jornal alemão especializado em economia Handelsblatt, já trabalha com um número mais baixo (0,8%) do que os 1% que estimava em janeiro. O Executivo deverá atualizar novamente a previsão de crescimento em abril quando entregar o Programa de Estabilidade no Bundestag e em Bruxelas.