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Ifo: Alemanha escapa a recessão profunda em 2023

Depois de rever as suas estimativas para 2022 em alta, o Ifo estima agora apenas uma ligeira contração da economia alemã, em torno dos 0,1%. Inverno será de contração económica, mas na segunda metade do próximo ano a atividade económica deve melhorar.

A Alemanha é o país da União Europeia que mais gás natural consome e será o mais afetado neste inverno, o primeiro sem o fornecimento de gás russo via gasoduto NordStream1.
Fabrizio Bensch/Reuters
14 de Dezembro de 2022 às 09:53
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A recessão esperada para a Alemanha este inverno deve ser menos profunda do que o antecipado anteriormente, com o instituto alemão ifo a estimar uma contração muito ligeira no país, de apenas 0,1% em 2023.

Numa nota divulgada nesta quarta-feira, 14 de dezembro, o ifo mantém a estimativa de contração da economia alemã, considerada o motor da Europa, no quarto trimestre face aos três meses anteriores nos 0,3%, mas revê em alta o crescimento do conjunto do ano, de 1,6% para 1,8%.

"Em particular, o terceiro trimestre de 2022 foi muito melhor do que o esperado, com um crescimento de 0,4%. Nos dois trimestres de inverno de 2022-2023 o PIB alemão vai encolher, mas depois disso as coisas vão melhorar", disse Timo Wollmershäuser, diretor de previsões do ifo. Em 2024, a economia vai crescer novamente, em torno dos 1,6%, estima. 

Quanto à inflação, a expectativa é que a Alemanha feche o ano de 2022 com uma subida de preços de 7,8% face ao ano anterior. Em 2023, a inflação deve abrandar, mas mantendo-se ainda elevada, nos 6,4%. "As duas estimativas são inferiores ao esperado anteriormente porque assumem agora os travões impostos aos preços da eletricidade e do gás", explica o ifo. 

Em 2024, o instituto espera que a subida de preços trave a fundo, para 2,8% (ainda acima do objetivo de médio prazo do BCE). "As fortes pressões inflacionistas vão reduzir os rendimentos disponíveis das famílias, especialmente no inverno e na primeira metade do ano, arrefecendo, assim, a economia alemã", diz o ifo.

"Será só a partir da segunda metade do ano que os rendimentos devem subir mais do que os preços, esperando-se, então, que o consumo privado ganhe força", termina o instituto.
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