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Há muito que Portugal não ia a banhos com a economia tão quente

Crescimento no segundo trimestre deverá andar próximos dos 3%, abrindo caminho a um aumento anual do PIB superior a 2,5%. A confirmar-se seria o melhor resultado desde 2000. O desemprego cai para mínimos de 2008 e a confiança está em máximos.

Reuters
28 de Julho de 2017 às 20:00
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Há anos que os portugueses não iam de férias de Agosto com tão boas notícias na frente económica: o PIB deverá crescer perto de 3% em termos homólogos no segundo trimestre, o desemprego terá caído para 9% em Junho, as famílias não estiveram tão confiantes desde pelo menos 1997, e entre os empresários é preciso recuar a 2002 para encontrar um momento mais optimista. Da Zona Euro também chegam novas de crescimento e confiança. Estas são todas notícias de sexta-feira, 28 de Julho, o último dia de trabalho antes das férias de Verão para muitos portugueses. 

Com base nos últimos dados disponíveis, o Fórum para a Competitividade prevê na sua nota mensal uma "aceleração do crescimento do PIB no segundo trimestre para um intervalo entre 2,8% e 3,2% em termos homólogos", isto depois de ter crescido 2,8% no primeiro trimestre, o que já foi o ritmo mais elevado da década. O fórum empresarial aponta agora para um crescimento anual entre 2,5% a 2,8% do PIB, em linha com várias previsões para a economia portuguesa feitas nos últimos meses, incluindo do Banco de Portugal. A confirmar-se será o melhor desempenho desde o ano 2000.

A suportar as revisões em alta do crescimento que têm vindo a ser feitas por várias instituições estão bons desempenhos tanto na frente externa, à boleia do bom crescimento em vários parceiros comerciais, como na frente interna, o que é evidenciado por vários indicadores como as vendas a retalho, as vendas de cimento ou de automóveis.

Na sexta-feira, dia 28 de Julho, o INE actualizou alguns destes dados, e deu conta de um aumento da produção industrial no segundo trimestre de 0,6% em termos homólogos  (um abrandamento face aos 3,1% dos primeiros três meses do ano) e de um crescimento de 5% no comércio a retalho, isto após um avanço de 3% em Janeiro e Março.

As perspectivas de recuperação de investimento são também fundamentadas nos aumentos que se têm registado na confiança de famílias e empresários, que continuam a bater recordes, revelou também na sexta-feira o INE, uma evolução igualmente evidente no indicador de sentimento económico da Comissão Europeia. O dinamismo da actividade económica traduz-se também na contínua queda do desemprego, que em Junho terá tocado os 9% da população activa, um mínimo desde Novembro de 2008, e que não será alheio ao aumento da confiança.

Os bons resultados não são exclusivos de Portugal. Na sexta-feira foram conhecidos dados positivos sobre Espanha, França, Irlanda e Áustria, que colocam estas economias numa trajectória que poderá culminar em crescimentos em 2017 entre os 1,8% franceses e os 4,5% irlandeses. O sentimento económico na região está em máximos de uma década.
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