Notícia
Fórum para a Competitividade prevê que PIB trave no terceiro trimestre
A entidade prevê uma desaceleração da economia portuguesa no terceiro trimestre, em linha com o que está a acontecer na Europa.
A economia portuguesa deverá crescer entre 2 a 2,3% no terceiro trimestre deste ano, em termos homólogos, desacelerando ligeiramente face aos 2,4% registados no segundo trimestre deste ano. A estimativa é feita pelo Fórum para a Competitividade na Síntese de Conjuntura de Outubro divulgada esta quarta-feira, 31 de Outubro. Em Setembro, a entidade liderada por Ferraz da Costa (na foto) já antecipava uma travagem do PIB nos trimestres seguintes.
"Para Portugal, prevemos que (...) o PIB desacelere para entre 2,0% e 2,3% (entre 0,3% e 0,6% em cadeia) no 3º trimestre", escreve o Fórum, explicando que "este abrandamento decorre quer de efeitos do lado da procura, quer da oferta, pelo que é reforçado". Na semana passada, o ISEG antecipou que a economia portuguesa vai crescer 2,3% no terceiro trimestre. No Orçamento do Estado para 2019, o Governo manteve a estimativa de 2,3% para 2018.
Esta semana foi conhecida a evolução da economia europeia nesse período. O PIB da Zona Euro cresceu 1,7%, travando a fundo em relação ao primeiro semestre (2,3%). Este é o crescimento da economia dos países do euro mais lento desde 2014. Esta travagem da economia europeia já vinha sendo antecipada pela maior parte das instituições internacionais que reviram em baixa o PIB da Zona Euro para este ano.
A esta desaceleração junta-se a situação italiana. O PIB de Itália estagnou no terceiro trimestre, mostrando ainda mais as debilidades nas previsões do actual Governo, um argumento que tem sido dado pela Comissão Europeia. Já o caso de Espanha - economia com muito impacto em Portugal - foi diferente. Segundo os dados divulgados esta quarta-feira, o PIB de Espanha manteve o ritmo de crescimento acima da média europeia ao expandir 2,5% no terceiro trimestre, em termos homólogos.
"A deterioração da conjuntura europeia e os riscos já referidos estão a contribuir para uma desaceleração da economia portuguesa, que deverá prosseguir no 3º trimestre", destaca o Fórum para a Competitividade, acrescentando que no caso português "os sinais são generalizados, com a excepção do sector da construção".
Para o Fórum "se a generalidade dos analistas fala nos efeitos do lado da procura, já são mais raros os que também referem os efeitos do lado da oferta, que também estão presentes e que reforçam o abrandamento da economia". Exemplo disso, refere, é a "total ausência de reformas estruturais" e a aproximação da taxa natural de desemprego em Portugal.
A entidade faz questão de assinalar a subida do desemprego em Agosto deste ano uma vez que é a primeira vez que tal se observa desde Fevereiro de 2016. "Não se deve exagerar a importância a atribuir a um único dado mensal, mas a subida, de 6,8% para 6,9%, da taxa de desemprego de Agosto de 2018 ilustra os travões ao crescimento económico do lado da oferta, referidos acima", explica.
O Fórum para a Competitividade é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, tendo como associados várias empresas, associações empresariais e particulares.
"Para Portugal, prevemos que (...) o PIB desacelere para entre 2,0% e 2,3% (entre 0,3% e 0,6% em cadeia) no 3º trimestre", escreve o Fórum, explicando que "este abrandamento decorre quer de efeitos do lado da procura, quer da oferta, pelo que é reforçado". Na semana passada, o ISEG antecipou que a economia portuguesa vai crescer 2,3% no terceiro trimestre. No Orçamento do Estado para 2019, o Governo manteve a estimativa de 2,3% para 2018.
Esta semana foi conhecida a evolução da economia europeia nesse período. O PIB da Zona Euro cresceu 1,7%, travando a fundo em relação ao primeiro semestre (2,3%). Este é o crescimento da economia dos países do euro mais lento desde 2014. Esta travagem da economia europeia já vinha sendo antecipada pela maior parte das instituições internacionais que reviram em baixa o PIB da Zona Euro para este ano.
"A deterioração da conjuntura europeia e os riscos já referidos estão a contribuir para uma desaceleração da economia portuguesa, que deverá prosseguir no 3º trimestre", destaca o Fórum para a Competitividade, acrescentando que no caso português "os sinais são generalizados, com a excepção do sector da construção".
Para o Fórum "se a generalidade dos analistas fala nos efeitos do lado da procura, já são mais raros os que também referem os efeitos do lado da oferta, que também estão presentes e que reforçam o abrandamento da economia". Exemplo disso, refere, é a "total ausência de reformas estruturais" e a aproximação da taxa natural de desemprego em Portugal.
A entidade faz questão de assinalar a subida do desemprego em Agosto deste ano uma vez que é a primeira vez que tal se observa desde Fevereiro de 2016. "Não se deve exagerar a importância a atribuir a um único dado mensal, mas a subida, de 6,8% para 6,9%, da taxa de desemprego de Agosto de 2018 ilustra os travões ao crescimento económico do lado da oferta, referidos acima", explica.
O Fórum para a Competitividade é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, tendo como associados várias empresas, associações empresariais e particulares.