Notícia
Exportadoras portuguesas reduzem exposição ao mercado britânico com Brexit à porta
O tempo até ao Brexit está a esgotar-se. Mas as exportadoras portuguesas parecem estar cientes disso. Os números do INE mostram que reduziram a exposição ao mercado britânico em 2017.
As exportadoras portuguesas reduziram a sua exposição ao Reino Unido, o quarto principal parceiro comercial de Portugal, durante o ano passado. A conclusão é do Instituto Nacional de Estatística (INE) que, na divulgação do comércio internacional de bens até Agosto, fez uma análise à relação comercial entre os dois países. Daqui a seis meses (Março de 2019) há a consumação do Brexit, começando o período de transição de dois anos, podendo ou não haver um acordo firmado com as instituições europeias.
3.644 milhões de euros. Foi este o montante de bens que Portugal exportou para o Reino Unido em 2017 (não se incluem os serviços, onde está o turismo), o que representa um peso de 6,6% no total do comércio internacional de bens.
O valor representa um crescimento de 3% face a 2016. Mas simultaneamente a esse aumento houve uma "ligeira redução do grau de exposição das empresas exportadoras ao mercado britânico", assinala o gabinete de estatística.
O grau de exposição pode ser identificado de várias formas. O Instituto decidiu olhar para as exportadoras que dependem exclusivamente do Reino Unido, ou seja, que apenas exportam bens para esse mercado. Em 2017, apenas 0,6% do total das exportações portuguesas de bens encaixavam nessa categoria. Um ano antes era mais do dobro (1,3%). Nota-se, portanto, um esforço de diversificação de mercados por parte das exportadoras portuguesas.
Essa tendência é também visível nas empresas que destinaram pelo menos 50% das suas exportações para o Reino Unido. O seu peso atingiu 12,6% do total de exportações, o que representa uma queda expressiva face aos 15,6% de 2016 ou os 18,6% de 2015.
Em suma, "face ao ano anterior, estes indicadores revelam uma redução do grau de exposição das empresas exportadoras ao mercado britânico", remata o gabinete de estatísticas.
Focando a análise nas empresas que exportam máquinas e aparelhos para o Reino Unido, que é a categoria que mais pesa no total, também se encontra a mesma tendência. "O valor exportado pelas empresas que destinaram pelo menos 50% das suas exportações deste tipo de bens para o Reino Unido atingiu um peso de 1,1% do total de exportações (0,4% em termos do número de empresas)", refere o INE, assinalando que tal revela uma "redução do grau de exposição das empresas exportadoras de máquinas e aparelhos ao mercado britânico".
A maior parte das exportações portuguesas para o Reino Unido concentram-se, além das máquinas e aparelhos, em veículos e outros materiais de transporte (peso de 16,2% no total), metais comuns (8%), vestuário (7,7%), produtos alimentares (6,4%) e plásticos e borrachas (6,1%).
Esta análise limita-se ao comércio internacional de bens, não tendo em conta as exportações de serviços. Nestas incluem-se o turismo onde o mercado britânico tem um peso relevante, mas que tem vindo a cair.
3.644 milhões de euros. Foi este o montante de bens que Portugal exportou para o Reino Unido em 2017 (não se incluem os serviços, onde está o turismo), o que representa um peso de 6,6% no total do comércio internacional de bens.
O grau de exposição pode ser identificado de várias formas. O Instituto decidiu olhar para as exportadoras que dependem exclusivamente do Reino Unido, ou seja, que apenas exportam bens para esse mercado. Em 2017, apenas 0,6% do total das exportações portuguesas de bens encaixavam nessa categoria. Um ano antes era mais do dobro (1,3%). Nota-se, portanto, um esforço de diversificação de mercados por parte das exportadoras portuguesas.
Essa tendência é também visível nas empresas que destinaram pelo menos 50% das suas exportações para o Reino Unido. O seu peso atingiu 12,6% do total de exportações, o que representa uma queda expressiva face aos 15,6% de 2016 ou os 18,6% de 2015.
Em suma, "face ao ano anterior, estes indicadores revelam uma redução do grau de exposição das empresas exportadoras ao mercado britânico", remata o gabinete de estatísticas.
Focando a análise nas empresas que exportam máquinas e aparelhos para o Reino Unido, que é a categoria que mais pesa no total, também se encontra a mesma tendência. "O valor exportado pelas empresas que destinaram pelo menos 50% das suas exportações deste tipo de bens para o Reino Unido atingiu um peso de 1,1% do total de exportações (0,4% em termos do número de empresas)", refere o INE, assinalando que tal revela uma "redução do grau de exposição das empresas exportadoras de máquinas e aparelhos ao mercado britânico".
A maior parte das exportações portuguesas para o Reino Unido concentram-se, além das máquinas e aparelhos, em veículos e outros materiais de transporte (peso de 16,2% no total), metais comuns (8%), vestuário (7,7%), produtos alimentares (6,4%) e plásticos e borrachas (6,1%).
Esta análise limita-se ao comércio internacional de bens, não tendo em conta as exportações de serviços. Nestas incluem-se o turismo onde o mercado britânico tem um peso relevante, mas que tem vindo a cair.