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Eurostat confirma inflação na Zona Euro de 2,9% em outubro. Portugal acima da média

Outubro foi o sexto mês consecutivo de alívio nos preços no consumidor na Zona Euro. Abrandamento é explicado pelo efeito base da forte aceleração dos preços dos alimentos e energia no ano passado. Na UE, a taxa de inflação foi de 3,6% em outubro.

Diferença nas taxas de inflação enfrentadas pelos mais ricos e mais pobres atingiu, em outubro, 1,44 pontos percentuais em Portugal.
João Cortesão
17 de Novembro de 2023 às 10:08
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O Eurostat confirmou esta sexta-feira que a taxa de inflação na Zona Euro desacelerou para 2,9% em outubro, depois de há um ano ter sido atingido o valor mais elevado de sempre. Esse abrandamento é explicado pelo efeito base da forte aceleração dos preços dos alimentos e energia no ano passado. Na UE, a taxa de inflação foi de 3,6% em outubro.

No que toca à Zona Euro, outubro foi o sexto mês consecutivo de alívio nos preços. Há um ano, o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) atingiu a variação mais elevada da história do euro, ao acelerar 10,6%. Desde então, os preços têm vindo a abrandar e, por efeito da elevada subida de há um ano, estão agora no valor mais baixo desde julho de 2021.

O Eurostat indica que, entre as quatro grandes componentes do cabaz de preços do IHPC, a maior contribuição para a variação de 2,9% registada em outubro veio dos serviços (1,97 pontos percentuais), seguida pela alimentação, álcool e tabaco (1,48 pontos percentuais), bens industriais não-energéticos (0,90 pontos percentuais) e energia (1,45 pontos percentuais).

A maior desaceleração registou-se na energia, com os preços a manterem-se em terreno negativo. Em outubro, voltaram a afundar, passando de uma variação homóloga de -4,6% para -11,2%, menos uma décima do que o avançado na estimativa rápida. Essa descida acontece apesar de os preços do petróleo estarem a subir nos mercados internacionais, sendo explicada sobretudo pelo efeito base dos preços.

Nos alimentos, bebidas alcoólicas e tabaco, o IHPC abrandou de 8,8% para 7,4% em outubro. Também os serviços, que estão a pesar mais no IHPC nos últimos meses, tiveram uma variação homóloga de 4,6%, o que compara com 4,7% no mês anterior. Por fim, os preços dos bens industriais não-energéticos desaceleraram de 4,1% para 3,5%.

Inflação abranda na esmagadora maioria dos países da UE. Três registam quedas
Considerando os 27 Estados-membros que compõem a UE, verificou-se que a inflação abrandou em 22 países e acelerou em cinco (Espanha, Grécia, República Checa, Estónia e Suécia). Em outubro, as taxas de inflação mais elevadas foram contabilizadas na Hungria (9,6%), República Checa (9,5%) e Roménia (8,3%). 

Por outro lado, as variações homólogas mais baixas da UE registadas em outubro verificaram-se na Bélgica (-1,7%), Países Baixos (-1%) e Dinamarca (-0,4). Em conjunto, estes três países foram os únicos a ter em queda geral no cabaz de preços face ao ano passado, uma vez que, em comparação com o ano passado, a variação foi negativa. Com um IHPC abaixo da meta dos 2% definida pelo Banco Central Europeu (BCE), destacou-se ainda a Itália (1,8%).

Já em Portugal, o IHPC foi de 3,2%, um valor que está acima da média registada na Zona Euro em outubro, mas abaixo da média da UE.

(Notícia atualizada às 10:28)
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