Notícia
Estado dá contributo positivo para a capacidade de financiamento da economia pela primeira vez desde 1995
É a primeira vez em 23 anos que as administrações públicas registam poupanças face ao exterior no acumulado de um ano.
Pela primeira vez desde 1995, depois de um longo período de consolidação orçamental, as administrações públicas em Portugal passaram a dar um contributo positivo, ainda que ligeiro, para a capacidade de financiamento da economia portuguesa face ao exterior. Os dados para o ano acabado no terceiro trimestre de 2018 foram divulgados esta quinta-feira, 10 de janeiro, pelo Banco de Portugal.
Este indicador revela qual é a capacidade/a necessidade das empresas, das famílias e das administrações públicas para emprestar/de pedir emprestado a outros. Neste caso, tendo a economia portuguesa como referência, é a capacidade ou a necessidade de financiamento face ao exterior.
Desde 1995 que a capacidade de financiamento da economia portuguesa era negativa. Ou seja, tinha necessidade de pedir emprestado ao exterior. Isso mudou em 2012 com a redução da necessidade de financiamento das empresas face ao exterior. Desde esse ano que Portugal - conjugando as empresas, os bancos, as famílias, as administrações públicas - tem tido capacidade para emprestar ao exterior.
Contudo, a capacidade de financiamento das administrações públicas continuou a ser negativa, ainda que menor. A redução gradual das necessidades de financiamento do Estado face ao exterior - resultado da consolidação orçamental aplicada desde 2011 - conheceu um novo capítulo no terceiro trimestre do ano passado.
Nos 12 meses terminados no terceiro trimestre de 2018 (ou seja, do quarto trimestre de 2017 até a essa data), a capacidade de financiamento das administrações públicas foi positiva em 0,1% do PIB. É a primeira vez que tal acontece desde 1995, ano em que começou a série das contas financeiras da responsabilidade do Banco de Portugal.
No total, a capacidade de financiamento da economia portuguesa nesse período foi de 0,8% do PIB. "A capacidade de financiamento da economia refletiu a poupança financeira das sociedades financeiras [bancos], dos particulares e das administrações públicas (respetivamente de 2,0, 0,4 e 0,1 por cento do PIB)", explica o banco central, referindo que "esta poupança foi mais do que suficiente para satisfazer as necessidades de financiamento das sociedades não financeiras [empresas], que atingiram 1,7 por cento do PIB".
Este indicador revela qual é a capacidade/a necessidade das empresas, das famílias e das administrações públicas para emprestar/de pedir emprestado a outros. Neste caso, tendo a economia portuguesa como referência, é a capacidade ou a necessidade de financiamento face ao exterior.
Contudo, a capacidade de financiamento das administrações públicas continuou a ser negativa, ainda que menor. A redução gradual das necessidades de financiamento do Estado face ao exterior - resultado da consolidação orçamental aplicada desde 2011 - conheceu um novo capítulo no terceiro trimestre do ano passado.
Nos 12 meses terminados no terceiro trimestre de 2018 (ou seja, do quarto trimestre de 2017 até a essa data), a capacidade de financiamento das administrações públicas foi positiva em 0,1% do PIB. É a primeira vez que tal acontece desde 1995, ano em que começou a série das contas financeiras da responsabilidade do Banco de Portugal.
No total, a capacidade de financiamento da economia portuguesa nesse período foi de 0,8% do PIB. "A capacidade de financiamento da economia refletiu a poupança financeira das sociedades financeiras [bancos], dos particulares e das administrações públicas (respetivamente de 2,0, 0,4 e 0,1 por cento do PIB)", explica o banco central, referindo que "esta poupança foi mais do que suficiente para satisfazer as necessidades de financiamento das sociedades não financeiras [empresas], que atingiram 1,7 por cento do PIB".