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Em 2023, economia cresceu mais na Madeira e quase estagnou no Alentejo

Crescimento da economia portuguesa esconde disparidades: em 2023, a região da Madeira foi a que mais cresceu (4,5%), enquanto a região do Alentejo foi a que menos avançou, escapando por pouco à estagnação (aumentou apenas 0,4%). Os dados são do INE.

O número de passageiros de cruzeiros no Funchal subiu 51% em 2023 e nos primeiros cinco meses deste ano já aumentou 18%.
Economia da região da Madeira foi a que mais cresceu em 2023. Rafael Marchante/Reuters
17 de Dezembro de 2024 às 11:37
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A economia portuguesa avançou 2,5% no ano passado, mas os ganhos económicos foram díspares entre as diferentes regiões do país: a Madeira teve o maior crescimento do país (4,5%), mas o Alentejo escapou por pouco à estagnação (cresceu apenas 0,4%). 

A conclusão é do Instituto Nacional de Estatística (INE), que nesta terça-feira, 17 de dezembro, divulgou as contas regionais, distribuindo o crescimento económico em 2023 pelas regiões do país.

"Em 2023, o crescimento real de 2,5% do PIB do país traduziu-se em crescimentos em todas as regiões", começa por descrever o INE.

No entanto, esse crescimento global esconde disparidades entre as regiões: o avanço foi mais acentuado nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores (que cresceram 4,5% e 3,4%, respetivamente). O Algarve e a Grande Lisboa avançaram ambas 3,3% e a região do Oeste e Vale do Tejo subiram 2,9%.

Abaixo da média do país ficaram a região Norte, a Península de Setúbal e o Centro, que cresceram 2,3%, 1,7% e 1,4%, respetivamente. 

Com o desempenho "mais fraco" destaca-se o Alentejo, cuja economia regional escapou por pouco à estagnação, ao avançar apenas 0,4% em 2023.

Disparidade entre regiões no PIB per capita agrava-se

A informação publicada nesta terça-feira pelo INE já é apresentada em base 2021 e refletem não só a nova base de referência das contas nacionais, como a alteração da geografia territorial NUTS2024, em substituição da NUTS2013.

Referente a 2022, o diferencial entre a região com maior e menor índice de PIB per capita foi de 87 pontos percentuais, verificando-se um ligeiro agravamento na disparidade do indicador.

A nova geografia territorial (NUTS2024) desagrega a anterior Área Metropolitana de Lisboa em Grande Lisboa e Península de Setúbal, regiões que apresentam o maior e o menor índice do PIB per capita.

E isso, explica o INE, conduziu a um agravamento da disparidade regional, que passou de 44 pontos percentuais na NUTS2013 para 87 pontos percentuais na NUTS2024 em 2022.

(Notícia atualizada com mais informação às 12:40)

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