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Economistas prevêem recessão ligeira no Reino Unido devido ao Brexit

Em resposta a um inquérito da Bloomberg, um conjunto de economistas antecipa que o PIB britânico recue 0,1% no terceiro e quarto trimestres deste ano devido à incerteza provocada pelo Brexit

Bloomberg
21 de Julho de 2016 às 08:59
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A economia do Reino Unido vai sofrer já este ano, embora não de forma significativa, devido aos receios decorrentes da incerteza provocada pela vitória do Brexit no referendo britânico realizado em 23 de Junho. Um inquérito levado a cabo pela agência Bloomberg junto de economistas estima-se que o produto interno bruto (PIB) do Reino Unido recue 0,1% em cada um dos dois últimos trimestres deste de 2016.

 

O que a confirmar-se significará o fim de um ciclo de mais de três anos em que a economia britânica esteve sempre a crescer. Esta previsão divulgada pela Bloomberg esta quinta-feira, 21 de Julho, compara ainda com as projecções anteriores ao referendo que apontavam para um crescimento económico de 0,6% entre Julho e Dezembro.

 

Estas estimativas poderão contribuir para que o banco central de Inglaterra se decida a reforçar, pela primeira vez desde 2012, as suas políticas de estímulo à economia. O governador do banco central inglês, Mark Carney, anunciou que em resposta ao Brexit a autoridade monetária do país estaria disponível para injectar 250 mil milhões de libras (309 mil milhões de euros) na economia britânica, deixando ainda a garantia de que "o BoE não hesitará em tomar novas medidas se for necessário".


Entretanto o Banco de Inglaterra decidiu também aliviar 
as exigências aos bancos britânicos, reduzindo de 0,5% para 0% a taxa adicional de capital que é requerida às instituições financeiras.

 

Mas mesmo com levando em conta estas medidas, bem como outras que se prevê poderem vir a ser adoptadas num futuro próximo, uma sondagem conduzida pela Bloomberg mostra que para os economistas a probabilidade de o Reino Unido entrar em recessão pela primeira vez desde 2009 se situa em 40%, bem acima dos 18% que eram antecipados em 18 de Junho, antes da realização da consulta popular que culminou co a vitória do "leave" da União Europeia.

 

Depois de o governador Carney ter sinalizado disponibilidade para reforçar a política de "quantitative-easing" do BoE, a maioria dos economias consultados pela Bloomberg estimaram que a autoridade monetária vai responder ao Brexit com um corte de 0,25 pontos base à já historicamente baixa taxa de juro directora que permanece em 0,25%.

 

Na perspectiva destes economistas o BoE deverá também, já no mês de Agosto, incrementar em 10 mil milhões de libras (11,9 mil milhões de euros) o actual programa de "quantitative-easing" que permanece nos 375 mil milhões de libras (447,4 mil milhões de euros).

 

No próximo dia 4 de Agosto a instituição liderada por Mark Carney vai anunciar as medidas que poderá adoptar de forma a minimizar os efeitos negativos provocado pelo Brexit, anunciando no mesmo dia as novas previsões da autoridade monetária britânica para o crescimento e inflação no Reino Unido.

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