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Economia britânica sofreu recessão mais forte desde o ano gélido de 1709

Apesar da quebra profunda em 2020, o PIB do Reino Unido cresceu de forma mais célere do que o previsto no quarto trimestre.

Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, assinou o acordo comercial com a União Europeia a 30 de dezembro, para vigorar a partir de 1 de janeiro de 2021.
Reuters
12 de Fevereiro de 2021 às 09:23
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O Produto Interno Bruto do Reino Unido registou uma contração de 9,9% em 2020, o que traduz a quebra anual mais forte desde 1709, ano em que a economia britânica foi arruinada pelo inverno gelado que se registou na Europa e destruiu praticamente todas as colheitas do país.

 

Após mais de 300 anos deste acontecimento que ficou conhecido no Reino Unido por "Great Frost", a pandemia da covid-19 levou a economia britânica a sofrer uma das recessões mais severas em toda a Europa, já que está também a ser penalizada pelo  Brexit.

 

No quarto trimestre o PIB afundou 7,8% face ao período homólogo, sendo que entre os países do G7, o Reino Unido é o que está mais longe dos níveis pré-pandemia.

 

Mas nem tudo foram más notícias no relatório hoje publicado. Na comparação entre o terceiro e o quarto trimestre o PIB cresceu 1%, o dobro do que os economistas aguardavam. E em dezembro o crescimento foi de 1,2%.

 

O produto interno bruto da Zona Euro recuou 0,7% no quarto trimestre de 2020, quando comparado com os três meses imediatamente anteriores. Comparado com o quarto trimestre de 2019, a queda da economia do euro ficou em 5,1% e no conjunto do ano de 2020 recuou 6,8%. 

 

Esta evolução positiva da economia britânica durante um período marcado pelo novo confinamento mostra que os britânicos estão a adaptar-se melhor a viver com os "lockdowns". Ainda assim todas as previsões apontam para uma queda no PIB no primeiro trimestre, uma vez que o período de confinamento será mais extenso.

 

O primeiro-ministro Boris Johnson está a ser pressionado a anunciar o alívio das restrições a partir do início de março, altura em que uma parte significativa da população já estará vacinada.

O desconfinamento dará à economia britânica um novo fôlego, sendo que o economista-chefe do Banco de Inglaterra estima um consumo de 250 mil milhões de libras que as famílias pouparam durante os "lockdowns".

 

"Daqui a um ano, o crescimento anual do PIB pode ter dois dígitos", disse Andy Haldane. O ministro das Finanças, Rishi Sunak, assinalou a resiliência da economia britânica e garantiu que o governo será cauteloso na reabertura da economia.

 

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