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Desde 2013 que Portugal não divergia tanto do euro

É preciso recuar até meados de 2013 para encontrar um trimestre em que Portugal tenha crescido a um ritmo tão afastado do valor registado entre os países da Zona Euro.

Bloomberg
13 de Maio de 2016 às 16:06
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Nos primeiros três meses deste ano, o produto interno bruto (PIB) português avançou 0,8% face ao mesmo período de 2015. Este crescimento homólogo é o mais baixo desde o final de 2014 e fica também muito aquém do resultado alcançado pela Zona Euro. Desde que Portugal estava em recessão que a economia não divergia tanto da média da moeda única.

 

Não é como se os países do euro tenham motivos para grande optimismo. O crescimento de 1,5% no espaço dos 19 países-membros é inferior aos 1,6% observados nos três trimestres anteriores. No entanto, fica muito acima dos 0,8% portugueses. Esta diferença - de 0,7 pontos percentuais - é a maior desde o terceiro trimestre de 2013, uma altura em que o país ainda estava em recessão.

 

Segundo os dados do Eurostat, Portugal foi o segundo país do euro com o pior desempenho neste arranque de ano, apenas melhor do que a Grécia.

 

O que motivou o arrefecimento da economia portuguesa? Os técnicos do INE explicam que "a procura externa líquida registou um contributo mais negativo para a variação homóloga do PIB que no trimestre anterior, reflectindo a desaceleração das Exportações de Bens e Serviços".

"A procura interna manteve um contributo positivo, próximo do verificado no trimestre anterior, observando-se um crescimento mais intenso do consumo privado, enquanto o investimento desacelerou significativamente, reflectindo a redução da Formação Bruta de Capital Fixo", pode ler-se no destaque.


Isto é, na vertente externa, as exportações arrefeceram e, internamente, o investimento (formação bruta de capital fixo) até terá caído em comparação com o mesmo trimestre de 2015. Este crescimento de 0,8% fica abaixo dos 1,3% do trimestre anterior. 

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