Entre Janeiro e Agosto as vendas de mercadorias ao exterior aumentaram 5,4% para 33,3 mil milhões de euros, enquanto as compras feitas por residentes a estrangeiros subiram 3,4% para 39,8 mil milhões de euros, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) na sexta-feira, dia 9 de Outubro. Estas evoluções permitiram uma redução do défice externo na balança de mercadorias de 400 milhões de euros, para 6,56 mil milhões de euros.

A taxa de cobertura – a percentagem de importações que pode ser paga com as receitas das exportações – ficou em 83,5% nos oito meses de 2015, uma ligeira redução face aos 84% verificados até Julho, mostram ainda os dados do INE.

Considerando apenas o mês de Agosto, o instituto revela que "as exportações de bens aumentaram 3,3% e as importações de bens aumentaram 1,7% face ao mês homólogo (+4,8% e -0,9% em Julho de 2015, respectivamente)", lê-se na nota que acompanha as estatísticas do comércio internacional de mercadorias.

A melhoria homóloga no saldo comercial está também patente nos dados referentes ao trimestre terminado em Agosto, o período considerado pelo INE na sua análise: "As exportações e as importações de bens aumentaram 5,8% e 2,4%, respectivamente, no trimestre terminado em Agosto de 2015 face ao período homólogo", lê-se no documento, onde se acrescenta que "o défice da balança comercial diminuiu 331,1 milhões de euros situando-se em -2.425,7 milhões de euros" e que "a taxa de cobertura situou-se em 83,9%, ou seja +2,7 pontos percentuais (p.p.) que no período homólogo".

Usando este período – Junho, Julho e Agosto – e considerando apenas o comércio com países da União Europeia, o organismo responsável pelas estatísticas nacionais revela que "as exportações Intra-UE aumentaram 6,8% e as importações Intra-UE 7,8%, face ao período homólogo a que correspondeu uma taxa de cobertura de 78,8% e um défice de 2 409,5 milhões de euros".

Já no comércio com países fora da União Europeia, nos três meses terminados em Agosto as exportações aumentaram 3,4% e as importações recuaram 11,3% em termos homólogos. A queda nas importações é justificada essencialmente pela redução de preços do petróleo verificada desde a segunda metade do ano passado.

(Notícia actualizada às 11h48)