Notícia
Costa defende "instrumentos de política pública" para travar subida de preços nos alimentos
Primeiro-ministro defende que é preciso "retirar bem as ilações da importância de instrumentos de política pública" para controlar a subida dos preços e deu como exemplo as medidas adotadas na área da energia. Preços dos alimentos continuam a subir e são agora a componente que mais puxa pela inflação.
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta quinta-feira a importância de se criarem "instrumentos de política pública" que permitam conter a subida dos preços dos bens alimentares e prometeu novidades sobre essa matéria para a próxima semana, dando como exemplo das medidas que foram adotadas para travar os preços na energia.
"É sabido que a inflação geral é muito superior à que se está a verificar na energia e, em particular, nos bens alimentares. Podemos retirar bem as ilações da importância de instrumentos de política pública que permitam conseguirmos ter uma melhor gestão do impacto da situação", reconheceu, em conferência de imprensa, após a reunião do Conselho de Ministros, quando questionado sobre as medidas que o Governo está a ponderar adotar para travar a subida de preços nos alimentos.
António Costa voltou a dar como exemplo as medidas de intervenção na energia, que permitiram "conter a inflação da eletricidade nos 2%" e disse que, com o "travão ibérico", Portugal tem conseguido "ter um diferencial diário do preço por megawatt-hora (MWh) de eletricidade relativamente aos restantes países da União Europeia", como Portugal e Espanha a terem "dos preços mais baixos" de eletricidade a nível europeu.
Sobre as medidas concretas que estão a ser ponderadas, António Costa remeteu para a "próxima semana", dizendo que o Conselho de Ministros adotará novos apoios às famílias, além das medidas já anunciadas na habitação, que serão "calibrados em função dos dados da execução orçamental de 2022", que serão conhecidos também na próxima semana.
Os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que a inflação registada em fevereiro foi de 8,2%, uma variação inferior em 0,2 pontos percentuais à observada em janeiro. No entanto, os preços dos alimentos continuam a puxar pela subida da inflação, enquanto se regista um abrandamento significativo nos preços da energia.
Os preços ao consumidor dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas registaram uma subida homóloga de 21,5% em fevereiro, acelerando face ao mês precedente (quando a taxa de variação homóloga era de 20,6%). A inflação registada nos alimentos e bebidas constitui o valor mais elevado desde maio e 1985, destaca o INE.
O INE revela ainda que, em fevereiro, os preços dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas foram os principais responsáveis pela subida dos preços, ao pesar 4,6 pontos percentuais (ou mais de metade) na variação do índice. Os restantes bens contribuíram para a subida restante. As únicas classes com contribuição negativa foram o vestuário e a saúde.
"É sabido que a inflação geral é muito superior à que se está a verificar na energia e, em particular, nos bens alimentares. Podemos retirar bem as ilações da importância de instrumentos de política pública que permitam conseguirmos ter uma melhor gestão do impacto da situação", reconheceu, em conferência de imprensa, após a reunião do Conselho de Ministros, quando questionado sobre as medidas que o Governo está a ponderar adotar para travar a subida de preços nos alimentos.
Sobre as medidas concretas que estão a ser ponderadas, António Costa remeteu para a "próxima semana", dizendo que o Conselho de Ministros adotará novos apoios às famílias, além das medidas já anunciadas na habitação, que serão "calibrados em função dos dados da execução orçamental de 2022", que serão conhecidos também na próxima semana.
Os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que a inflação registada em fevereiro foi de 8,2%, uma variação inferior em 0,2 pontos percentuais à observada em janeiro. No entanto, os preços dos alimentos continuam a puxar pela subida da inflação, enquanto se regista um abrandamento significativo nos preços da energia.
Os preços ao consumidor dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas registaram uma subida homóloga de 21,5% em fevereiro, acelerando face ao mês precedente (quando a taxa de variação homóloga era de 20,6%). A inflação registada nos alimentos e bebidas constitui o valor mais elevado desde maio e 1985, destaca o INE.
O INE revela ainda que, em fevereiro, os preços dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas foram os principais responsáveis pela subida dos preços, ao pesar 4,6 pontos percentuais (ou mais de metade) na variação do índice. Os restantes bens contribuíram para a subida restante. As únicas classes com contribuição negativa foram o vestuário e a saúde.