Notícia
Confiança dos consumidores sofre em abril a maior queda de sempre
Os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística mostram uma viragem abrupta do sentimento das famílias e empresários para o pessimismo.
A confiança dos consumidores registou em abril a maior queda mensal desde o início da série estatística (há 23 anos). Desde então, nunca as famílias em Portugal tinham mudado de forma tão abrupta o seu sentimento, nem mesmo durante a crise que levou à entrada da troika no país. Entre os empresários, o pessimismo é também muito forte: o indicador de clima económico, que agrega as respostas dos vários inquéritos feitos às empresas, sofreu também a maior queda desde o início da série (1989) e atingiu mesmo um novo nível mínimo. Os dados foram publicados esta quarta-feira, 29 de abril, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"No contexto da atual pandemia, o indicador de confiança dos Consumidores registou em abril a maior redução da série face ao mês anterior, atingindo o valor mínimo desde setembro de 2014", indica o INE. Sem olhar a médias móveis de três meses, que servem precisamente para suavizar irregularidades do indicador, o pessimismo está tão acentuado como em maio de 2013, em plena crise económica e financeira e aplicação do programa de austeridade da troika.
O INE explica que no que diz respeito aos consumidores, o pessimismo resulta das expectativas quanto à evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e a realização de compras importantes. Na avaliação do país e da capacidade de fazer compras maiores, a confiança atingiu mesmo o nível mínimo desde o início da série. No mesmo sentido, embora com menor magnitude, as opiniões relativas à evolução passada da situação financeira do agregado familiar também contribuíram negativamente, nota o organismo de estatística.
Do lado das empresas, o pessimismo também é dominante. Nos serviços, um dos segmentos mais afetado pelas medidas de confinamento da economia, a confiança registou a maior queda desde o início das séries e registou mínimos históricos. No comércio, o sentimento degradou-se de forma expressiva em abril, tendo sido mais acentuada a queda no comércio por retalho, do que no por grosso.
Na indústria, que não foi o setor mais afetado pelas medidas de confinamento da economia, a confiança atingiu o valor mais baixo desde 2009. Nos bens de consumo e nos bens de investimento caiu mesmo para o mínimo histórico, mas o mesmo não aconteceu nos bens intermédios. Na construção, a degradação das expectativas foi a mais abrupta desde o início da série, embora o pessimismo não esteja em valores históricos.
(Notícia atualizada às 10:32)
"No contexto da atual pandemia, o indicador de confiança dos Consumidores registou em abril a maior redução da série face ao mês anterior, atingindo o valor mínimo desde setembro de 2014", indica o INE. Sem olhar a médias móveis de três meses, que servem precisamente para suavizar irregularidades do indicador, o pessimismo está tão acentuado como em maio de 2013, em plena crise económica e financeira e aplicação do programa de austeridade da troika.
Do lado das empresas, o pessimismo também é dominante. Nos serviços, um dos segmentos mais afetado pelas medidas de confinamento da economia, a confiança registou a maior queda desde o início das séries e registou mínimos históricos. No comércio, o sentimento degradou-se de forma expressiva em abril, tendo sido mais acentuada a queda no comércio por retalho, do que no por grosso.
Na indústria, que não foi o setor mais afetado pelas medidas de confinamento da economia, a confiança atingiu o valor mais baixo desde 2009. Nos bens de consumo e nos bens de investimento caiu mesmo para o mínimo histórico, mas o mesmo não aconteceu nos bens intermédios. Na construção, a degradação das expectativas foi a mais abrupta desde o início da série, embora o pessimismo não esteja em valores históricos.
(Notícia atualizada às 10:32)