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Combustíveis e automóveis fazem disparar exportações

A venda de mercadorias ao exterior disparou mais de 10% e esse crescimento foi empurrado pelos automóveis e pelos combustíveis, destacando-se também a recuperação de mercados que vinha registando perdas sucessivas, como Angola e Brasil.

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Exportações crescem acima de 10% em metade dos meses

Exportações crescem acima de 10% em metade dos meses
Em Dezembro a venda de bens ao exterior aumentou apenas 0,1%, o que representa o crescimento mais ténue desde Outubro de 2016. As variações homólogas foram positivas em todos os meses de 2017, sendo que em seis deles a taxa de crescimento superou os 10%. O INE explica a travagem em Outubro com o efeito de calendário.
10 de Fevereiro de 2018 às 15:00
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As exportações portuguesas regressaram no ano passado ao crescimento de dois dígitos e os dois maiores responsáveis foram os combustíveis e os automóveis. Juntos, estes dois grupos de produtos representaram mais de um terço do aumento total das vendas de bens ao exterior.

 

Entre 2016 e 2017, as exportações de mercadorias aumentaram mais de cinco mil milhões de euros, o que equivale a uma variação de 10,1% (a mais elevada desde 2011). Desse montante, 1,6 mil milhões de euros vieram de dois grupos de produtos: aquele que integra combustíveis e os veículos automóveis. Isto é, 32% da variação anual.

 

Entre os 36 grandes grupos de produtos identificados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esses são os dois mais relevantes. Dignos de nota são ainda os aparelhos médicos e de precisão, óptico e de relojoaria (de onde vem 9% da variação), os bens alimentares e bebidas (8%) e os metais base (8%).

 

Numa análise geográfica, verificamos também que a recuperação de alguns mercados foi decisiva para o bom resultado das exportações no ano passado. Provavelmente o melhor exemplo disso mesmo é o Brasil. Embora a venda de bens para esse país representasse em 2016 pouco mais de 1% do total das exportações nacionais, o Brasil foi responsável por 8% do crescimento das vendas.

 

Essa maior importância deveu-se especialmente à recuperação da venda de combustíveis e de bens alimentares, que foram responsáveis por mais de metade do crescimento das exportações para o outro lado do Atlântico. O Brasil inverte assim a trajectória de contracção como mercado de destino para os bens portugueses, observada entre 2014 e 2016, atingindo o valor mais elevado de sempre, perto dos mil milhões de euros.

 

Outro país com um perfil de recuperação semelhante foi Angola, que foi responsável por 6% do crescimento das exportações em 2016 (apesar de o seu peso nas vendas ser metade disso). Recorde-se que em apenas dois anos o volume de vendas de empresas portuguesas para Angola tinha afundado para metade. Em 2017 travou a sangria e parece ter começado a recuperar. Neste caso, explicação para é mais dispersa, passando por produtos alimentares, produtos químicos, produtos metálicos, máquinas e aparelhos eléctricos (com pesos entre 15% a 17% no crescimento das vendas).

 

Mercados emergentes como Brasil, Angola e China tiveram os maiores crescimentos entre os 11 mercados mais relevantes para as exportações portuguesas, com variações de 75%, 19% e 25%, respectivamente. Ainda assim, gigantes geograficamente próximos foram mais importantes para o avanço do comércio português em 2017. Juntos, Espanha, França e Alemanha foram a origem de 38% do aumento das exportações no ano passado.

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