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Serviços, indústria e construção começam mal o ano

Números publicados hoje, 18 de Março, pelo INE mostram que o clima económico estabilizou em Fevereiro, depois de uma ligeira subida no mês anterior. O indicador de actividade económica recuou em Janeiro.

18 de Março de 2015 às 11:18
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Números publicados hoje, 18 de Março, pelo INE mostram que o clima económico estabilizou em Fevereiro nos 0,3%, na média móvel dos últimos três meses, depois de uma ligeira subida no mês anterior. O indicador de actividade económica recuou em Janeiro, continuando a tendência observada deste Julho de 2014. 

 

"Em Portugal, o indicador de clima económico estabilizou em Fevereiro, após ter aumentado ligeiramente no mês anterior. O indicador de actividade económica diminuiu desde Julho, embora de forma moderada no último mês. Em Janeiro, os Indicadores de Curto Prazo (ICP) apresentaram sinais negativos sobre a evolução da actividade na indústria, na construção e obras públicas e em sectores de serviços", escreve o Instituto Nacional de Estatística (INE). Ou seja, registou-se uma redução da actividade nesses quatro sectores, "mais expressivo" nos serviços e indústria.

 

O INE está a olhar para dois tipos de indicadores: o clima económico e a actividade económica. O primeiro é um indicador qualitativo, isto é, reflecte respostas de representantes dos sectores a inquéritos e tem dados até Fevereiro. O segundo é quantitativo, uma síntese de indicadores compilados pelo INE para reflectir a evolução de curto prazo da economia. Neste caso, só há dados até Janeiro.

 

Os maus sinais vêm de ambos os lados. Qualitativamente, Fevereiro trouxe uma estabilização, quantitativamente, Janeiro representou um recuo face a Dezembro. O que nos pode dizer uma análise por sectores?

 

Nos serviços, onde está incluído o comércio a retalho, o volume de negócio sofreu uma contracção homóloga pelo segundo mês consecutivo em Janeiro, continuando a tendência observada desde Julho. Já o indicador de confiança agravou-se em Fevereiro, de -1,9% para -2,2%.

 

A indústria, cujo volume de negócio tinha crescido 1% em Dezembro, cai 3% em Janeiro. "Considerando apenas a secção das Indústrias Transformadoras, o índice de volume de negócios apresentou variações homólogas de -1,8% e -3,7% nos últimos dois meses, respectivamente", pode ler-se na publicação do INE. "O índice de produção na indústria passou de uma variação homóloga de -1,0% em Dezembro para -1,9%, prolongando o perfil decrescente iniciado em Fevereiro de 2014. O índice de produção na secção das Indústrias Transformadoras apresentou uma diminuição homóloga de 2,3% em Janeiro (variação de -1,9% em Dezembro), atingindo a taxa mais baixa desde Junho de 2012."

 

Numa avaliação qualitativa, os empresários da indústria continuam pessimistas (variações negativas), mas cada vez próximos de valores positivos.

 

Por último, o índice de produção da construção recuou 4% em Janeiro, depois de ter caído 5,4% em Dezembro, continuando a tendência de desagravamento iniciada em Abril de 2013. "O indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou em Fevereiro, prolongando o perfil positivo iniciado no final de 2012 e fixando o valor mais elevado desde Julho de 2010. Não considerando médias móveis de três meses, este indicador agravou-se no último mês."

 

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