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Alemanha está mesmo entre os países europeus com desequilíbrios

A maioria dos países da União Europeia está com desequilíbrios, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat. E tal, como o esperado, a Alemanha consta na lista dos países com desequilíbrios macroeconómicos, pela primeira vez. Sendo o único, em conjunto com o Luxemburgo, nesta situação por terem excedentes. Todos os restantes constam na lista devido a défice externos.

13 de Novembro de 2013 às 13:10
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O Eurostat publicou esta quarta-feira, 13 de Novembro, a actualização do Procedimento de Desequilíbrios Macroeconómicos, onde revela que há 16 países nesta situação. E isto excluindo os países que estão sobre intervenção, que verão a sua situação analisada durante as avaliações dos programas de ajustamento de cada um. Caso contrário o número saltaria para 20, num universo total de 28 países.

 

Tal como era esperado, a Alemanha consta na lista, tendo sido verificado um excedente externo de 6,5% do produto interno bruto (PIB) na média dos últimos três anos. Com excepção da Alemanha só o Luxemburgo está nesta posição de excedente externo.

 

No relatório divulgado esta quarta-feira, o Eurostat justifica a inclusão destes dois países com a necessidade de “escrutinar melhor a posição externa [dos dois países] e analisar os desenvolvimentos internos”, além de ser necessário aferir “se algum destes países está a passar por desequilíbrios”.

 

Na lista dos países com desequilíbrios conta também a França, Itália e Hungria. Nestes casos, a Comissão diz que será necessário “adoptar medidas decisivas”

 

No que respeita a Espanha e à Eslovénia, que verificaram um défice de 3,1% e um excedente de 1,2%, respectivamente, o Eurostat diz que é preciso verificar se “os desequilíbrios excessivos persistem” ou se estão a diminuir.

 

Bruxelas diz também que é preciso aferir se os desequilíbrios persistem ou se já foram superados pelos países onde esta questão já tinha sido identificada, referindo-se à Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Malta, Países Baixos, Finlândia, Suécia e Reino Unido.

 

Finalmente surge a Croácia, que integrou a União Europeia recentemente. Neste caso, Bruxelas explica a inclusão do país na lista com a “necessidade de perceber a natureza e os riscos potenciais relacionados com a posição externa, desempenho comercial e competitividade, bem como os desenvolvimentos internos.”

 

Excedente da Alemanha pode pôr em risco recuperação dos periféricos

 

A Comissão salienta a relevância do excedente externo da Alemanha para os restantes países europeus, nomeadamente pela força deste país no seio da Zona Euro. 

 

 

“Do lado externo, o indicador relacionado com a balança corrente está bem acima do limite indicativo”, que, no caso dos excedentes é de 6%, tendo este indicador “superado o limite todos os anos desde 2007”, realça a Comissão, que acrescenta que os dados já conhecidos apontam para que, este ano, o excedente deverá rondar os 7% do PIB, em linha com o verificado já em 2012. E prevê-se que continue acima do patamar, “o que sugere que não é um fenómeno cíclico de curta duração”.

 

“Os maiores excedentes estão reflectidos num forte aumento do investimento internacional líquido”, bem como nos rendimentos. O que pode “colocar pressão no euro para apreciar face a outras moedas”.

 

Esta questão torna-se relevante porque, “se estas pressões se materializarem”, dificultam “a recuperação de competitividade dos países periféricos através de depreciações internas”, salienta o relatório.

 

Além disso, adianta, “o maior excedente reflecte mais poupança do que investimento na economia alemã”, com a taxa de poupanças das famílias alemãs a estar entre as mais elevadas da região.

 

(Notícia actualizada, pela segunda vez, às 13h55 com mais informação sobre a Alemanha)

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