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Cristas quer mil casas para arrendar nos terrenos da Feira Popular

A candidata do CDS à câmara de Lisboa tem uma proposta para os terrenos da Feira Popular: ao invés de os vender, quer construir, com privados, pelo menos mil fogos, de T0 a T4, para arrendamento a custos controlados – com rendas até 1.350 euros.

Bruno Simão
16 de Março de 2017 às 22:00
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O CDS não concorda com a venda dos terrenos da antiga Feira Popular em hasta pública e a candidata do partido à câmara de Lisboa tem uma proposta diferente: Assunção Cristas propõe que nos terrenos se construam pelo menos mil fogos para habitação, exclusivamente destinados a arrendamento, a custos controlados. A ideia é rentabilizar os terrenos, que a câmara avaliou em 135 milhões de euros, através das rendas, que serão partilhadas com os privados que os construírem.

"O terreno da antiga Feira Popular é o maior e melhor activo imobiliário da Câmara de Lisboa e deve ter um fim eminentemente habitacional, preservando, naturalmente, os espaços verdes", diz Assunção Cristas, por escrito, ao Negócios. "Fizemos as contas e este terreno permite atrair ou fixar mais de 1.000 famílias", em imóveis "exclusivamente para arrendamento" a "preços competitivos" e com "tipologias que vão de T0 a T4".

O modelo de negócio ainda está a ser trabalhado. A ideia é convocar "os privados" para procederem à construção dos imóveis e limitar as rendas a valores "entre os 500 e os 1.350 euros, consoante as tipologias". Ou seja, um T0 ficaria por 500 euros mensais e um T4 por um máximo de 1.350 euros, o que é "francamente competitivo" uma vez que se trata de uma "zona nobre da cidade" e "bem servida de transportes".

A ideia é gerar a receita a longo prazo, através das rendas dos fogos para habitação e dos espaços destinados para comércio e serviços, ao invés de fazer um encaixe imediato com a venda do terreno.

O executivo de Fernando Medina prefere vender o terreno. A autarquia já promoveu duas hastas públicas para o alienar mas não conseguiu. Na proposta que lançou a hasta pública, o executivo municipal estabeleceu que a "superfície destinada a comércio e serviços" não podia ser inferior a 60% da superfície total do pavimento.

O CDS também contesta este critério e quer que a maioria da construção seja destinada a habitação. A candidata sugere que a habitação fique limitada a um máximo de 80% da área de construção – o que equivale a cerca de 115 mil metros quadrados. Considerando este espaço e tipologias entre T0 e T4, Assunção Cristas está convencida que será possível construir mais de mil fogos de habitação. Comércio e serviços ficarão com um mínimo de 20% da área de construção, como estabelece o Plano Director Municipal.

"Fernando Medina parece estar indiferente em relação ao défice de oferta do mercado de arrendamento em Lisboa. Esta nossa proposta, pelo seu impacto, terá um bom efeito regulador num mercado em que actualmente afasta ou prejudica muito os jovens e a classe média. O arrendamento é amigo do cidadão: não o endivida e dá-lhe maior mobilidade", conclui Assunção Cristas.
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