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ACP acusa Câmara Municipal de Lisboa de "incompetência" por causa das obras

O clube automóvel defende que o município sob o comando de Fernando Medina não cumpriu o prometido e está a promover obras laterais que prejudicam o trânsito. Numa publicidade, fala em "desrespeito" da câmara.

Bruno Simão
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"Mau desenho nos acessos provisórios ao túnel do Marquês". Manutenção do tempo de semáforos em zonas sob intervenção. Obras em vias laterais ao Eixo Central de Lisboa, que diminuem as alternativas de circulação. Estas são queixas que o Automóvel Club de Portugal dirige à Câmara Municipal de Lisboa em relação às obras que estão a ter lugar por toda a cidade e que, segundo o clube, mostram "incompetência e desrespeito pelos lisboetas".

 

Numa publicidade paga em jornais nacionais, como o Público e o Diário de Notícias, o ACP defende que a gestão camarária, que é da responsabilidade de Fernando Medina, "manifesta, com este tipo de intervenções a eito e sem qualquer avaliação das suas consequências no funcionamento da cidade, um completo desrespeito por quem vive e trabalha na cidade e revela uma incompetência que não é admissível em que gere uma capital europeia".

 

O clube presidido por Carlos Barbosa acusa o município de, além de ter abandonado os "programas de articulação entre o transporte individual e o colectivo", também ter marginalizado "os serviços técnicos de tráfego", o que "só veio piorar a situação do trânsito em Lisboa e demonstrar que decisões políticas que não se baseiam em estudos sérios e em técnicos habilitados para os realizarem". O ACP critica ainda o facto de a Câmara não ter cumprido o compromisso assumido na intervenção nas transversais às grandes obras para permitir a fluidez de trânsito. 

 

Com cerca de 250 mil sócios, a associação actua em "defesa do automóvel e do automobilista", o que tem motivado embates com a Câmara de Lisboa, que pretende afastar os carros da capital, nomeadamente da zona centro. Neste momento, estão a ser feitas obras no Eixo Central (Avenida Fontes Pereira de Melo, Avenida da República), que arrancaram em Maio, e prepara-se a intervenção na Segunda Circular, que o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, garante que vão avançar "imediatamente".


Fernando Medina já havia dito que o período "mais delicado" da intervenção viária ocorreria nos primeiros três meses das obras – até ao final do Verão. Mas avançou com o reforço do policiamento para "assegurar a fluidez do trânsito". Contudo, a "colocação de polícias nos cruzamentos com a Avenida da República, que dificultam o escoamento de tráfego nas transversais, ao permitirem que só num em dois tempos de verde se possa atravessar esta avenida" é precisamente uma das queixas avançadas pelo ACP no anúncio publicado esta quarta-feira, 25 de Maio. 

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