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Objectivo? Cortar 20% nos consumos em 10 anos

O contexto de urgência definido para o sector da energia fez com que os planos de acção para aumentar a eficiência energética se multiplicassem pelos quatro cantos do mundo. As estratégias nestas áreas passam sobretudo pela maior utilização de fontes de energias renováveis e pela promoção de consumos eficientes.

26 de Abril de 2010 às 12:32
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O contexto de urgência definido para o sector da energia fez com que os planos de acção para aumentar a eficiência energética se multiplicassem pelos quatro cantos do mundo. As estratégias nestas áreas passam sobretudo pela maior utilização de fontes de energias renováveis e pela promoção de consumos eficientes.

Portugal não ficou indiferente a esta questão. A recém-apresentada Estratégia Nacional de Energia (ENE 2020), define cinco eixos de actuação, entre os quais se conta a aposta em energias renováveis e a melhoria da eficiência energética.

O Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética, aprovado em 2008, é um elemento essencial desta estratégia, estando já prevista a sua revisão e extensão no tempo para o horizonte de 2020.

As metas definidas apontam para a redução do consumo de energia final e de emissões em 20%, no prazo de 10 anos, estimando-se que no final deste período 60% da electricidade produzida em Portugal tenha origem em fontes renováveis. A promoção do desenvolvimento sustentável criará condições para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2), em 20 milhões de toneladas.

São várias as iniciativas para operacionalizar estas metas na área da eficiência energética. O programa Mobile, aponta para uma mobilidade sustentável, a pensar nos veículos eléctricos e na criação de uma rede de carregamento de âmbito nacional; as Redes Inteligentes, das quais a InovCity, em Évora, se materializa como um primeiro piloto.

A criação de um Fundo de eficiência energética e a iluminação pública inovadora, especialmente nos centros histórico, são outras iniciativas previstas.

Iniciativas no terreno

Algumas das iniciativas que integram o Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética já estão no terreno.

É o caso da Certificação Energética dos Edifícios, uma iniciativa que já recebeu prémios a nível internacional e que tem sido reconhecida pela adesão dos cidadãos e empresas. Até meados de 2009 tinham sido emitidos mais de 100 mil certificados energéticos, a grande maioria dos quais relativos a residências particulares.

O certificado, que passou a ser obrigatório para todos os edifícios, novos ou antigos, sempre que exista uma transacção, atribui uma etiqueta de desempenho energético aos edifícios de habitação e serviços, enumerando também medidas de melhoria do desempenho energético desses imóveis, o que pode potenciar economias de energia e redução de emissões de CO2 de entre 20% e 40%.

Também com elevada visibilidade, o programa solar térmico fé considerado um sucesso, garantindo, até final de 2009, mais de 50 mil encomendas entre as marcas aderentes, o que representa uma área de 207 mil metros quadrados de colectores solares em residências particulares. Actualmente suspenso, o programa promovia a adesão dos utilizadores domésticos a sistemas de microgeração de energia, e a sua injecção na rede pública de electricidade sempre que houvesse produção em excesso, que está igualmente a ser reformulado.

Para as empresas, e além do incentivo à cogeração na área industrial, estão a ser preparados programas específicos com a Associação Empresarial de Portugal (AEP) para apoiar as pequenas e médias empresas (PME). na melhoria da eficiência energética.

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