Notícia
Ministra diz que falhas do SIRESP "não são de hoje"
Constança Urbano de Sousa lembrou que este sistema falhou nos incêndios de 2012 e 2013, ano que deflagrou o fogo no Caramulo e morreram bombeiros, e nas cheias de 2013.
27 de Julho de 2017 às 17:04
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, disse hoje que as falhas de funcionamento do SIRESP "não são de hoje", recordando que este sistema de comunicações de emergência também falhou em 2012 e 2013.
"Há falhas de funcionamento do SIRESP [Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal], mas não são de hoje", disse Constança Urbano de Sousa, na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias , onde está a ser ouvida a pedido do PSD.
A ministra lembrou que este sistema falhou nos incêndios de 2012 e 2013, ano que deflagrou o fogo no Caramulo e morreram bombeiros, e nas cheias de 2013.
Respondendo às questões do deputado Carlos Abreu Amorim sobre as falhas no SIRESP durante o combate aos incêndios florestais de Pedrogão Grande, Gouveia, Alijó e Mação, a ministra, assumiu que "existe um problema que tem que ser resolvido com serenidade e sentido de Estado".
Constança Urbano de Sousa esclareceu que o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal "não falha totalmente".
Como exemplo, referiu que uma coisa é não ter qualquer rede no telemóvel e aí ele "falha e outra coisa é ter dificuldades de comunicar com o telemóvel", adiantando que é isto que está a ser resolvido.
"O problema tem que ser resolvido de duas formas: tornar a rede mais resiliente, ou seja, as suas ligações fixas, mas também dotá-la de sistemas mais redundantes", afirmou.
Constança Urbano de Sousa recordou também que, depois do SIRESP ter falhado várias vezes, o anterior Governo encomendou uma auditoria à KPMG, cujos resultados foram conhecidos em 2014.
"Dessas medidas, só foram implementadas apenas duas, todas as outras estamos agora a implementar", sustentou.
Em resposta ao deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim sobre o estudo encomendado pelo Ministério da Administração Interna ao Instituto das Telecomunicações sobre o desempenho do SIRESP, a ministra afirmou que este é um laboratório associado do Estado e a única instituição científica do país com competência em telecomunicações.
A governante esclareceu que o Instituto das Telecomunicações vai fazer um estudo sobre o desempenho do SIRESP no incêndio de Pedrógão Grande como em qualquer outra situação e vai ter um custo zero.
Sobre o parecer jurídico pedido à sociedade de advogados Linklaters para clarificar a cláusula 17, que alegadamente iliba a empresa SIRESP de falhas na rede de comunicação de emergência em "casos de força maior imprevisíveis e irresistíveis", após os acontecimentos de Pedrógão Grande, a ministra referiu que vai custar 4.500 euros.
Na sua intervenção, o deputado do PSD afirmou que o Estado falhou durante e depois de Pedrógão Grande, sublinhando que a equipa do Ministério da Administração Interna foi "impotente" e "não esteve à altura da tragédia".
Carlos Abreu Amorim exortou Constança Urbano de Sousa para assumir "o falhanço criado pelo Governo no sistema de combate a incêndios" e que peça desculpa ao país.
(Notícia actualizada às 17:33 com mais informação)
"Há falhas de funcionamento do SIRESP [Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal], mas não são de hoje", disse Constança Urbano de Sousa, na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias , onde está a ser ouvida a pedido do PSD.
Respondendo às questões do deputado Carlos Abreu Amorim sobre as falhas no SIRESP durante o combate aos incêndios florestais de Pedrogão Grande, Gouveia, Alijó e Mação, a ministra, assumiu que "existe um problema que tem que ser resolvido com serenidade e sentido de Estado".
Constança Urbano de Sousa esclareceu que o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal "não falha totalmente".
Como exemplo, referiu que uma coisa é não ter qualquer rede no telemóvel e aí ele "falha e outra coisa é ter dificuldades de comunicar com o telemóvel", adiantando que é isto que está a ser resolvido.
"O problema tem que ser resolvido de duas formas: tornar a rede mais resiliente, ou seja, as suas ligações fixas, mas também dotá-la de sistemas mais redundantes", afirmou.
Constança Urbano de Sousa recordou também que, depois do SIRESP ter falhado várias vezes, o anterior Governo encomendou uma auditoria à KPMG, cujos resultados foram conhecidos em 2014.
"Dessas medidas, só foram implementadas apenas duas, todas as outras estamos agora a implementar", sustentou.
Em resposta ao deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim sobre o estudo encomendado pelo Ministério da Administração Interna ao Instituto das Telecomunicações sobre o desempenho do SIRESP, a ministra afirmou que este é um laboratório associado do Estado e a única instituição científica do país com competência em telecomunicações.
A governante esclareceu que o Instituto das Telecomunicações vai fazer um estudo sobre o desempenho do SIRESP no incêndio de Pedrógão Grande como em qualquer outra situação e vai ter um custo zero.
Sobre o parecer jurídico pedido à sociedade de advogados Linklaters para clarificar a cláusula 17, que alegadamente iliba a empresa SIRESP de falhas na rede de comunicação de emergência em "casos de força maior imprevisíveis e irresistíveis", após os acontecimentos de Pedrógão Grande, a ministra referiu que vai custar 4.500 euros.
Na sua intervenção, o deputado do PSD afirmou que o Estado falhou durante e depois de Pedrógão Grande, sublinhando que a equipa do Ministério da Administração Interna foi "impotente" e "não esteve à altura da tragédia".
Carlos Abreu Amorim exortou Constança Urbano de Sousa para assumir "o falhanço criado pelo Governo no sistema de combate a incêndios" e que peça desculpa ao país.
(Notícia actualizada às 17:33 com mais informação)