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Biovilla da Arrábida procura novos investidores e dá juro de 4,75%

A cooperativa para o desenvolvimento sustentável vai financiar-se em um milhão de euros, dos quais 200 mil através da “fintech” de investimento colaborativo de impacto social GoParity, que vai recorrer aos investidores da plataforma para emprestar capital ao projeto.

22 de Setembro de 2021 às 10:00
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Criada há quase uma dúzia de anos, a Biovilla está instalada em 55 hectares no Parque Natural da Arrábida, corporizando um projeto que tem como missão "impulsionar uma cultura de regeneração que torne o ecossistema mais saudável, harmonioso e justo".

 

No perímetro da Biovilla encontra-se um Turismo de Natureza, uma horta orgânica, um mercado biológico, espaços para eventos e um programa de apoio à criação de autoemprego.

 

"A pensar no retorno ambiental, social e financeiro", a cooperativa está agora a investir na expansão das instalações, aumentando o número de quartos e área interior do edifício principal para refeições e formações, acrescentando um reciclador de águas cinzentas, um centro de atividades ao ar livre e um centro de atividades para as crianças assente nos princípios da Permacultura.

 

Assim que o projeto estiver concluído, a Biovilla espera ter capacidade para receber mais de dez mil pessoas por ano.

 

"Para esta etapa, a Biovilla já angariou cerca de um milhão de euros nesta segunda ronda de financiamento onde participaram o Turismo de Portugal, os programas CO3SO+, Portugal Inovação Social e o Banco Montepio, com grande parte do valor obtido a fundo perdido", revela a "fintech" GoParity, em comunicado.

 

A GoParity surge neste projeto porque 200 mil euros vão ser financiados por esta plataforma nacional de investimento colaborativo de impacto social, que vai recorrer aos investidores da plataforma para emprestar capital ao projeto, permitindo participações desde cinco euros.

 

"Ao retorno mensal é acrescida uma taxa de juro de 4,75% do investimento realizado, após o período de carência de um ano. Qualquer pessoa, desde que maior de idade, pode inscrever-se na plataforma e participar", desafia a Goparity.

 

Para além dos juros, os investidores que financiarem o projeto em mais de dois mil euros vão poder converter esse montante em títulos de capital na Cooperativa Biovilla, uma vez que se trata de um empréstimo conversível (com opção de conversão em títulos de capital social da Biovilla).

 

"Um título de capital corresponde a 500 euros, e são necessários quatro títulos, ou seja, dois mil euros para que se possam tornar cooperantes. Os investidores que tomem essa decisão juntar-se-ão ao grupo dos onze atuais cooperantes da Biovilla. Estes investidores podem ainda usufruir desta comunidade através de descontos em produtos e serviços, noites de alojamento e possibilidade de ‘co-living’ em algumas alturas do ano", adianta a GoParity.

 

"Esta colaboração com a Biovilla é natural para a GoParity, uma vez que se trata de duas organizações que valorizam a democracia e o poder dos cidadãos para fazer boas ações, neste caso, para a sustentabilidade acontecer. A utilização da GoParity e deste modelo inovador de dívida conversível, bem como o tipo de atividades que serão implementadas, são uma prova clara do compromisso da Biovilla para com as pessoas, o planeta e a inovação", explica Nuno Brito Jorge, CEO da GoParity.

 

Com a ampliação das infraestruturas da Biovilla, a área de intervenção do projeto vai duplicar, e, "para além dos oito postos de trabalho diretos já criados, ao final de um ano, estima-se que o acréscimo de receitas provenientes do Turismo de Natureza e dos eventos atinja os 100 mil euros, que serão devolvidos à comunidade, dado que a Biovilla se abastece do que não consegue produzir, junto dos produtores locais", realça a mesma "fntech".

 

"Acreditamos que o caminho da regeneração pode ser catalisador para a mudança. Queremos crescer para que mais pessoas tenham acesso a estas práticas e possam fazer a sua parte na regeneração deste ecossistema global que é casa de todos", enfatiza Bárbara Leão de Carvalho, cofundadora da Biovilla, onde "os lucros são reinvestidos em regeneração humana e ambiental".

 

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