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Critical Software e Mustard entram na GoParity para financiar chegada aos 30 milhões
A empresa sediada em Coimbra e o fundo de impacto social entram diretamente no capital da fintech portuguesa para quintuplicar o investimento desta start-up em projetos sustentáveis nos próximos dois anos.
Fundada há quatro anos, a GoParity conta já com mais de 11 mil investidores, de 59 países, mais de seis milhões de euros investidos, que "deram vida a mais de 90 projetos éticos e sustentáveis", situados em oito países de três continentes (Portugal, Espanha, Lituânia, Brasil, Colômbia, Peru, Equador e Uganda).
Agora, através de uma ronda de financiamento liderada pela Critical Software e pelo Mustard Seed Maze (MSM), fundo de impacto social criado pela portuguesa Maze e pela britânica Mustard Seed, a GoParity prevê quintuplicar o investimento em projetos sustentáveis nos próximos dois anos.
"O fundo de impacto MSM e a Critical Software entram diretamente no capital da GoParity com um investimento ‘pre-seed’ de 200 mil euros para financiar a expansão europeia da fintech", anunciou a plataforma nacional de investimento colaborativo de impacto social, esta terça-feira, 8 de junho, em comunicado.
"O objetivo para este ano é chegar aos 20 mil utilizadores, atingir as 28,5 mil toneladas de CO2 evitado ao ano e ultrapassar os dez milhões de euros em investimentos na GoParity", fixou o cofundador e CEO da start-up, Nuno Brito Jorge, adiantando que a ambição para o próximo ano é atingir os 50 mil investidores, chegar aos 30 milhões de euros de financiamento em projetos de sustentabilidade, que evitem a emissão de um total de 80 mil toneladas de CO2 por ano.
A fintech "já está a contratar mais cinco pessoas para as áreas de marketing, desenvolvimento de negócio e produto em Portugal e em Espanha, país onde a startup está já a dar os primeiros passos, com um projeto financiado e outro aberto a financiamento no território, um crescimento de 40% na comunidade de investidores espanhóis registado apenas em 2021 e um escritório no Impact Hub Barcelona".
O CEO da GoParity vê o investimento dos seus dois novos acionistas como uma "entrada no nosso capital de duas organizações chave no panorama nacional e europeu de impacto e do negócio responsável. Muito mais do que o capital que aportam, atraiu-nos a forma de estar do fundo MSM e da Critical, na qual nos revemos e com quem sabemos que podemos contar para multiplicar o impacto positivo que temos", enfatizou Nuno Brito Jorge.
Já António Miguel, managing partner do fundo MSM, considerou que "o momento da GoParity chegou para ficar, alicerçado no sentido de urgência que existe relativamente às alterações climáticas e na constatação do papel que todos temos na transição para uma economia descarbonizada".
Para este gestor, "a mudança começa em cada um(a) de nós e a GoParity oferece a possibilidade de investirmos as nossas poupanças em projetos sustentáveis do ponto de vista financeiro e de impacto. É com base nesta proposta de valor que vamos trabalhar para expandir a GoParity por toda a Europa", prometeu.
Gonçalo Quadros, chairman da Critical Software, começou por sublinhar que "a Critical é mais do que um negócio. Somos uma comunidade com o objetivo de tornar o mundo num lugar melhor", pelo que, afiançou, "investir na GoParity é uma ótima oportunidade para unir forças com uma equipa jovem e inovadora com o potencial de fazer a diferença. Estamos ansiosos para fazer parte de projetos incríveis e com potencial para apoiar objetivos de sustentabilidade pelo mundo", rematou.
Sediada na Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a GoParity apresenta-se como a primeira plataforma portuguesa de "crowdlending", que financia projetos de impacto social e ambiental com recurso à sua comunidade de investidores focados no impacto sustentável e financeiro.