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Portugal ganha primeira “fábrica” de amêijoas a mar aberto do mundo

Situado a cinco quilómetros da costa de Alvor, o viveiro ocupa uma área de 100 hectares e tem capacidade para produzir 600 toneladas deste bivalve por ano. A empresa promotora prevê faturar nove milhões de euros em menos de três anos e chegar aos 250 milhões em sete anos.

O primeiro viveiro de amêijoas a mar aberto do mundo fica situado a cinco quilómetros da costa do alvor, no Algarve.
15 de Setembro de 2020 às 14:29
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Depois da construção de uma maternidade na Nazaré, num projeto pioneiro no país de produção de sementes de amêijoa, a Oceano Fresco acaba de alcançar o controlo total do ciclo produtivo deste bivalve com a conclusão da instalação do primeiro viveiro de amêijoas a mar aberto do mundo.

 

Situado a cinco quilómetros da costa de Alvor, no Algarve, ocupa uma área de 100 hectares e tem capacidade para produzir 600 toneladas de amêijoas por ano. As sementes produzidas na Nazaré são transferidas para este viveiro, onde se completa o ciclo de cultivo biológico - após a desova, e na fase de incubação, as amêijoas precisam crescer até ao tamanho adulto, altura em que podem ser apanhadas para alimento.

 

"A empresa prepara-se, assim, para ser a maior produtora de amêijoas em mar aberto do mundo, referência mundial de sustentabilidade e também responsável pelo crescimento de uma indústria avaliada em 20 mil milhões de euros", avança a Oceano Fresco, em comunicado.

 

Liderada por Bernardo Ferreira de Carvalho, a Oceano Fresco "espera alcançar um volume de negócios de nove milhões de euros em menos de três anos e atingir os 250 milhões em sete anos".

 

Com a maternidade na Nazaré e o viveiro em Alvor, a empresa vai poder "aplicar métodos de seleção, melhoria de produção e de sustentabilidade de espécies nativas europeias de bivalves de alta nutrição e valor, que são atualmente em desaparecimento por competição de espécies asiáticas de amêijoas, muitas vezes de baixa qualidade", assegura Bernardo Ferreira de Carvalho.

 

Financiamento comunitário, da GoParity e da BlueCrow Capital

 

O viveiro resulta de um investimento de 3,1 milhões de euros, dos quais 1,5 milhões foram assegurados pelo programa comunitário MAR2020, 800 mil euros correspondem a capitais próprios, e o restante foi angariado através da GoParity, plataforma portuguesa de investimento colaborativo de impacto social.

 

Já em abril passado, a Oceano Fresco tinha anunciado o fecho de um investimento de 3,8 milhões de euros da BlueCrow Capital, um fundo de capital de risco focado na bioeconomia, para a exploração do viveiro e ainda do Centro Biomarinho da Nazaré.

 

Entretanto, ainda na primeira metade de 2020, a Oceano Fresco recorreu ainda à GoParity para o financiamento de 150 mil euros, "valor que foi utilizado para encomendar estruturas de base como blocos de betão, correntes e bóias, materiais necessários para a construção do viveiro para exploração de aquacultura de bivalves na costa de Lagos, no Alvor", explica a empresa.

 

Depois do investimento inicial, a Oceano Fresco volta agora a contar com a GoParity para "angariar mais 75 mil euros euros, o montante necessário para a compra de equipamento para instalação e operação do viveiro",detalha a promotora.

 

A campanha está aberta à participação de todos, a partir de 20 euros, e prevê um retorno na ordem dos 5,5% para o investidor", promete a Oceano Fresco.

 

"Na GoParity estamos habituados a lidar com projetos de grande potencial, que ajudamos a financiar com vista ao impacto social e ambiental, e ainda retorno para os investidores. Desta vez trata-se de um projeto de grande escala e é para nós um motivo de orgulho sabermos que ajudámos na construção da Oceano Fresco e que a nossa comunidade de impact investors faz a diferença", enfatiza Nuno Brito Jorge, CEO da GoParity.

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