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Oceano Fresco levanta 17 milhões para explorar amêijoas de forma única no mundo

A startup que cultiva amêijoas e outros bivalves de uma forma sustentável e rastreável, entre a maternidade da Nazaré e a exploração ao largo da costa de Lagos, fechou uma ronda de financiamento com a Indico, BlueCrow, Aqua-Spark e PRR, para se tornar líder mundial.

25 de Julho de 2024 às 09:04
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A primeira "fábrica" de amêijoas a mar aberto do mundo fica em Portugal e acaba de angariar mais 17 milhões de euros para expandir a sua atividade.

 

Trata-se da Oceano Fresco, startup que se dedica à cultura sustentável, escalável e rastreável de bivalves em viveiro em mar aberto, que fechou uma ronda de financiamento desse montante, sendo 8,05 milhões de euros aportados diretamente pelo Programa de Coinvestimento Deal-by-Deal do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) e 3,45 milhões através do Indico Blue Fund, fundo da Indico Capital Partners que lidera a operação.

Liderada pela Indico, a operação conta ainda com a participação da BlueCrow e da Aqua-Spark.

Este financiamento permitirá à Oceano Fresco "financiar o aumento das despesas operacionais (OPEX) e das despesas de capital (CAPEX), com o objetivo de melhorar a produtividade, investindo em novas tecnologias e processos para aumentar a eficiência e reduzir custos, e expandir as operações, construindo novas instalações de cultivo, adquirindo equipamentos avançados e ampliando a área de operação em mar aberto", explica o BPF, a Indico e a Oceano Fresco, em comunicado conjunto.

Primeira exploração de amêijoas em mar aberto do mundo

Com uma operação verticalmente integrada e apoiada em investigação e desenvolvimento, as duas espécies nativas de amêijoa (V. corrugata e R. decussatus) cultivadas pela Oceano Fresco são inicialmente criadas na "maternidade de última geração da empresa" – o Centro Biomarinho Oceano Fresco na Nazaré – antes de iniciarem o seu crescimento na primeira exploração de amêijoas em mar aberto do mundo, ao largo da costa de Lagos, no Algarve.

 

"Nas águas límpidas do Oceano Atlântico, as amêijoas são protegidas por lanternas verticais suspensas, beneficiando de condições ideais, tais como temperaturas amenas, abundância de alimento natural (microalgas) e renovação constante da água, para crescerem e se tornarem amêijoas de mar aberto de alta qualidade", afiança a Oceano Fresco.

 

A startup garante, ainda, que "é pioneira no cultivo sustentável de amêijoas em grande escala, evitando os principais impactos negativos de outras formas de produção alimentar (não são utilizados alimentos artificiais nem antibióticos, nem são produzidos resíduos de exploração) e promovendo vários impactos positivos, incluindo o sequestro de CO2 pelas conchas e a promoção de biodiversidade na área do seu viveiro de mar aberto".

 

"Através desta abordagem, a Oceano Fresco gera uma oferta alimentar sustentável, saudável e saborosa, de Portugal para o mundo", enfatiza.

Tornar-se líder mundial na aquicultura regenerativa de bivalves

"O investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência na Oceano Fresco reforça o compromisso do BPF com a economia do mar, apoiando uma startup inovadora, com sede na Nazaré, que se posiciona na aquacultura sustentável dirigida ao cultivo de bivalves de alta qualidade em Portugal", afirma Ana Carvalho, CEO do BPF, realçando que se trata do "primeiro investimento direto do Fundo na economia do mar, que se admite possa iniciar um ciclo de apoio do BPF a este setor prioritário da economia nacional".

 

Para Bernardo Carvalho, CEO da Oceano Fresco, "ter parceiros conhecedores que partilhem os nossos valores e visão é, pelo menos, tão importante como angariar dinheiro", prometendo que a startup continuará a trilhar o caminho para tornar "líder mundial na aquicultura regenerativa de bivalves".

 

Já Stephan de Moraes, "managing general partner" da Indico Capital Partners, manifestou o "entusiasmo" desta capital de risco por "fazer parte da visão da Oceano Fresco de criar um novo vertical de aquacultura sustentável que irá contribuir para o aumento da procura global de proteínas", sinalizando que "a procura de amêijoas, especificamente, ultrapassa em muito a oferta atual e cultivá-las de forma sustentável e sistemática faz sentido a todos os níveis".

(Notícia atualizada às 9:21)

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