Notícia
Biden tenta recolocar EUA à frente do combate às alterações climáticas
Esta quinta e sexta-feira tem lugar uma cimeira virtual de dois dias que junta perto de meia centena de líderes mundiais e que se inclui no esforço da nova administração para recolocar os Estados Unidos na dianteira da luta contra às alterações climáticas. O presidente chinês também vai participar.
Joe Biden enfrenta esta quinta e sexta-feira o duro teste que passa pela reafirmação dos Estados Unidos como país liderante na resolução da crise climática com a realização de uma cimeira virtual destinada a restaurar a credibilidade internacional americana nesta matéria e a granjear cooperações que permitam reforçar o combate às alterações climáticas.
Entre os 40 líderes mundiais que irão participar na cimeira está, após confirmação dada esta quarta-feira, o presidente chinês. Este será o primeiro evento a contar com a participação conjunta do novo presidente americano e de Xi Jinping.
Numa fase em que se somam os alertas de especialistas quanto ao atraso do planeta no combate às alterações climáticas, Joe Biden pretende dar força ao reingresso dos EUA no Acordo de Paris com a definição de metas ambiciosas no que concerne à emissão de gases com efeito de estufa.
Esta quarta-feira, a União Europeia finalizou um acordo que eleva para pelo menos 55% o corte nas emissões de carbono até 2030, um valor ainda assim abaixo dos 60% pedidos pelo Parlamento Europeu mas considerado determinante para manter como atingível o objetivo comunitário de chegar a 2050 numa situação de neutralidade carbónica.
Antes ou já durante a cimeira espera-se que Joe Biden revele as novas metas de Washington, sendo expetativa geral, de acordo com a imprensa internacional, que seja estipulado um objetivo de redução de pelo menos 50% das emissões até 2030 (partido dos níveis verificados em 2005).
A confirmar-se, esta meta representa o dobro da ambição face aos 25% anteriormente fixados, porém considerada crucial para garantir que a temperatura média do globo não sobe acima de 1,5 graus Celsius relativamente aos níveis pré-industriais.
A administração liderada por Barack Obama trabalhava com um objetivo de redução de 26% a 28% das emissões até 2025, meta deixada cair durante a presidência de Donald Trump, que retirou o país do Acordo de Paris no âmbito de uma aposta na exploração, produção e consumo de energias fósseis.
Por outro lado, o sucessor do negacionista Trump deverá ainda anunciar um quadro de apoio financeiro para apoiar os países menos desenvolvidos no exigente processo de transição climática.
Participação chinesa determinante
O facto de Xi Jinping ter aceitado participar eleva a importância desta cimeira virtual, desde logo porque EUA e China são os maiores emissores de carbono para a atmosfera e nenhuma estratégia climática poderá ter sucesso sem a participação dos dois maiores poluidores.
A participação chinesa terá sido assegurada na visita feita, há uma semana, por John Kerry, enviado especial para a agenda climática da nova administração americana, à China, onde os dois países acordaram cooperar com ações concretas durante esta década para reduzir as emissões.
Desde que Biden chegou à Casa Branca, isto após ter assumido durante a campanha presidencial que a China é o maior rival dos EUA, as relações bilaterais não só não desanuviaram face à turbulência da era Trump como até houve um acentuar de tensão.
Esse acentuar teve expressão na cimeira realizada no Alaska entre o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, e altos representantes diplomáticos chineses.
Washington acusou a China de fazer chantagem económica a países vizinhos e de não respeitar regras democráticas, enquanto Pequim ripostou acusando a outra parte de ingerência nos assuntos domésticos chineses e de não olhar para dentro de casa, aludindo à violência observada na sequência dos protestos Black Lives Matter.
Certo é que a agenda climática parece mostrar que, divergência à parte, há espaço para que EUA e China reforcem a cooperação numa causa comum, por sinal plena de oportunidade económicas.
Entre os 40 líderes mundiais que irão participar na cimeira está, após confirmação dada esta quarta-feira, o presidente chinês. Este será o primeiro evento a contar com a participação conjunta do novo presidente americano e de Xi Jinping.
Esta quarta-feira, a União Europeia finalizou um acordo que eleva para pelo menos 55% o corte nas emissões de carbono até 2030, um valor ainda assim abaixo dos 60% pedidos pelo Parlamento Europeu mas considerado determinante para manter como atingível o objetivo comunitário de chegar a 2050 numa situação de neutralidade carbónica.
Antes ou já durante a cimeira espera-se que Joe Biden revele as novas metas de Washington, sendo expetativa geral, de acordo com a imprensa internacional, que seja estipulado um objetivo de redução de pelo menos 50% das emissões até 2030 (partido dos níveis verificados em 2005).
President Biden this week will pledge to slash U.S. greenhouse gas emissions at least in half by the end of the decade, according to two people briefed on the plan, as part of an aggressive push to combat climate change:https://t.co/9eBUP2wJoI
— UN Climate Summit News (@UNClimateSummit) April 21, 2021
A confirmar-se, esta meta representa o dobro da ambição face aos 25% anteriormente fixados, porém considerada crucial para garantir que a temperatura média do globo não sobe acima de 1,5 graus Celsius relativamente aos níveis pré-industriais.
A administração liderada por Barack Obama trabalhava com um objetivo de redução de 26% a 28% das emissões até 2025, meta deixada cair durante a presidência de Donald Trump, que retirou o país do Acordo de Paris no âmbito de uma aposta na exploração, produção e consumo de energias fósseis.
Por outro lado, o sucessor do negacionista Trump deverá ainda anunciar um quadro de apoio financeiro para apoiar os países menos desenvolvidos no exigente processo de transição climática.
Participação chinesa determinante
O facto de Xi Jinping ter aceitado participar eleva a importância desta cimeira virtual, desde logo porque EUA e China são os maiores emissores de carbono para a atmosfera e nenhuma estratégia climática poderá ter sucesso sem a participação dos dois maiores poluidores.
A participação chinesa terá sido assegurada na visita feita, há uma semana, por John Kerry, enviado especial para a agenda climática da nova administração americana, à China, onde os dois países acordaram cooperar com ações concretas durante esta década para reduzir as emissões.
Desde que Biden chegou à Casa Branca, isto após ter assumido durante a campanha presidencial que a China é o maior rival dos EUA, as relações bilaterais não só não desanuviaram face à turbulência da era Trump como até houve um acentuar de tensão.
Esse acentuar teve expressão na cimeira realizada no Alaska entre o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, e altos representantes diplomáticos chineses.
Washington acusou a China de fazer chantagem económica a países vizinhos e de não respeitar regras democráticas, enquanto Pequim ripostou acusando a outra parte de ingerência nos assuntos domésticos chineses e de não olhar para dentro de casa, aludindo à violência observada na sequência dos protestos Black Lives Matter.
Certo é que a agenda climática parece mostrar que, divergência à parte, há espaço para que EUA e China reforcem a cooperação numa causa comum, por sinal plena de oportunidade económicas.