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O ministro português do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, considerou o compromisso climático assumido esta quarta-feira como "histórico e um exemplo para o mundo", acrescentando ainda que "Portugal foi o primeiro país do mundo a assumir o compromisso de ser neutro em carbono em 2050".
Esta madrugada a União Europeia chegou finalmente a um acordo para o corte de, pelo menos, 55% das emissões carbónicas até 2030, depois de 14 horas de diálogo. A meta agora apresentada está abaixo da inicialmente proposta pelo Parlamento Europeu, que pedia um corte de 60% das emissões face às recomendações da comunidade científica que apontavam os 65% como o necessário para evitar o descontrolo das alterações climáticas.
A lei, aprovada pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu, coloca a Europa como "o primeiro continente a ser neutro em emissões", e estabelece a década de 20-30 como a de maior ambição no projeto de neutralização carbónica até 2050. Para Matos Fernandes, isso implica "fazer numa década mais do que nas três anteriores, e obriga a um empenhamento político muito grande por parte de todos os atores e um investimento forte".
Mas a nova lei não é tão simples assim. Ela "deixa claro que o importante é o volume líquido das emissões", pelo que está também estabelecida uma meta para a absorção de carbono da atmosfera por sumidouros de carbono. Os sumidouros são depósitos naturais como florestas que, por ação da natureza, absorvem e capturam dióxido de carbono presente na atmosfera.
É graças a este método que a Europa pode esperar ser em 2050 "um continente de emissões negativas", segundo Matos Fernandes. "É um desafio muito ambicioso" para um continente que "liderou sempre o combate às alterações climáticas".
Meta reflete "a luta política"
Em relação à meta definida pela UE, a Associação Natureza Portugal (ANP) e o World Wildlife Fund (WWF), em comunicado, mostraram-se desiludidos com a pouca ambição da União Europeia que fica "muito abaixo da meta de 65% que a ciência afirma ser necessária, e a posição do Parlamento Europeu de 60%".
Os ambientalistas lamentam que o acordo reflita "a luta política, não a ciência" ao não garantir, por exemplo, a "eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis fósseis"; mas mostram-se agradados com a constituição de um Conselho Consultivo Científico Europeu sobre Mudanças Climáticas, cujo objetivo será "examinar as medidas políticas da UE e verificar se são consistentes com os objetivos climáticos".
Para o ano de 2030 estavam já estabelecidas metas de emissões carbónicas no Acordo de Paris, que apontavam para uma diminuição de 30%. Esses valores são agora quase duplicados para os 55%.
Esta madrugada a União Europeia chegou finalmente a um acordo para o corte de, pelo menos, 55% das emissões carbónicas até 2030, depois de 14 horas de diálogo. A meta agora apresentada está abaixo da inicialmente proposta pelo Parlamento Europeu, que pedia um corte de 60% das emissões face às recomendações da comunidade científica que apontavam os 65% como o necessário para evitar o descontrolo das alterações climáticas.
A lei, aprovada pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu, coloca a Europa como "o primeiro continente a ser neutro em emissões", e estabelece a década de 20-30 como a de maior ambição no projeto de neutralização carbónica até 2050. Para Matos Fernandes, isso implica "fazer numa década mais do que nas três anteriores, e obriga a um empenhamento político muito grande por parte de todos os atores e um investimento forte".
Mas a nova lei não é tão simples assim. Ela "deixa claro que o importante é o volume líquido das emissões", pelo que está também estabelecida uma meta para a absorção de carbono da atmosfera por sumidouros de carbono. Os sumidouros são depósitos naturais como florestas que, por ação da natureza, absorvem e capturam dióxido de carbono presente na atmosfera.
É graças a este método que a Europa pode esperar ser em 2050 "um continente de emissões negativas", segundo Matos Fernandes. "É um desafio muito ambicioso" para um continente que "liderou sempre o combate às alterações climáticas".
Meta reflete "a luta política"
Em relação à meta definida pela UE, a Associação Natureza Portugal (ANP) e o World Wildlife Fund (WWF), em comunicado, mostraram-se desiludidos com a pouca ambição da União Europeia que fica "muito abaixo da meta de 65% que a ciência afirma ser necessária, e a posição do Parlamento Europeu de 60%".
Os ambientalistas lamentam que o acordo reflita "a luta política, não a ciência" ao não garantir, por exemplo, a "eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis fósseis"; mas mostram-se agradados com a constituição de um Conselho Consultivo Científico Europeu sobre Mudanças Climáticas, cujo objetivo será "examinar as medidas políticas da UE e verificar se são consistentes com os objetivos climáticos".
Para o ano de 2030 estavam já estabelecidas metas de emissões carbónicas no Acordo de Paris, que apontavam para uma diminuição de 30%. Esses valores são agora quase duplicados para os 55%.