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Passos: "Poupámos muitos submarinos aos portugueses"
Pedro Passos Coelho defendeu esta tarde, 23 de Abril, que o Governo português impediu futuros aumentos da despesa do Estado, através do cancelamento de contratos e adiamento de investimentos. Valores que não aparecem nos números da consolidação orçamental.
"Muitas vezes nestes três anos, o debate sobre políticas de austeridade esconderam muitas políticas importantes que foram sendo realizadas, que permitiram poupanças reais e futuros aumentos da despesa", afirmou o primeiro-ministro no Parlamento, referindo-se ao "cancelamento de contratos e projectos de futuras obras".
Passos Coelho lembrou que disse à RTP na semana passada que os consumos intermédios caíram em 1,6 mil milhões de euros entre 2010 e 2013. Algo que o Negócios esclareceu ter-se devido ao efeito base da compra dos dois submarinos da responsabilidade de Paulo Portas.
Hoje, o primeiro-ministro, respondeu: "Quando algumas vozes disseram que 2010 não é um bom
ano porque tem submarinos, podemos tomar o valor do ano anterior. Em 2009 não havia submarinos. Nesse ano, a despesa com consumos intermédios superou os 8,4 mil milhões de euros e era 7,3 mil milhões no final do ano passado".
No entanto, nesta comparação são incluídos dois anos e meio de Governo de José Sócrates e o valor do ajustamento é de 1,1 mil milhões de euros. Significativamente abaixo dos 1,6 mil milhões referidos inicialmente à RTP.
Ainda assim, o primeiro-ministro sublinhou: "Muitos submarinos poupámos a Portugal e aos portugueses, com os contratos que cancelámos e que desistimos de prosseguir para o futuro".