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Jerónimo de Sousa: Troika mandou maioria e PS "dar uma volta"

O secretário-geral do PCP analisou as movimentações do Governo da maioria PSD/CDS-PP e do PS junto da 'troika' e concluiu que Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional mandaram os três partidos "dar uma volta".

Correio da Manhã
19 de Setembro de 2013 às 00:31
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Num jantar na quarta-feira com cerca de 250 apoiantes, no Centro Cultural de Gáfete, Portalegre, que incluiu uma gafe para sobremesa, Jerónimo de Sousa reiterou as críticas ao processo de privatização de várias empresas e participações do Estado em sectores que considera vitais para a economia e sua revitalização, como os CTT.

 

"Porque estamos em campanha eleitoral, fica bem dizer 'tu ofereces 4,5%, eu ofereço 5% '. Só que existe um problema, a 'troika' não vai em conversas. Tem lá a assinatura deles, o voto a favor e disse-lhes 'vão dar uma volta, vocês têm de cumprir até ao fim, pagar com língua de palmo', estas medidas, contidas no pacto de agressão", interpretou o líder comunista, referindo-se às tentativas de flexibilizar as metas orçamentais.

 

Criticando o facto de sociais-democratas, democratas-cristãos e socialistas terem aprovado no Parlamento o tratado orçamental, "que tem lá escrito que Portugal tem de baixar o défice até 0,5%" do Produto Interno Bruto, o também deputado do PCP brincou com as posturas assumidas pelo vice-primeiro ministro e pelo líder da oposição, António José Seguro.

 

"Até aconteceu uma cena caricata, hoje e ontem [terça-feira], tendo em conta a presença da 'troika'. De repente, vem Paulo Portas dizer que era preciso flexibilizar o défice - em vez de 4, 4,5% - e o PS não quis ficar atrás -- 'qual 4,5, 5% de flexibilização do défice!'", disse Jerónimo de Sousa.

 

O líder comunista acabou por não evitar uma gafe, precisamente em Gáfete, ao pronunciar, mais enérgico, "Gafête" em vez do nome correto daquela vila do concelho do Crato, Portalegre, mas nada que toldasse o entusiasmo de uma plateia dedicada.

 

Em Portalegre, a Coligação Democrática Unitária - PCP, "Os Verdes" e Intervenção Democrática - tem tido um posto na vereação e o seu cabeça-de-lista para as eleições de 29 de Setembro é Luís Pargana, antigo vereador da Cultura.

 

A presidência da Câmara Municipal de Portalegre está entregue ao PSD, a Adelaide Teixeira, que substituiu Mata Cáceres, após renúncia deste, há três anos. A líder da autarquia candidata-se agora através de um movimento independente, enquanto o partido "laranja" aposta em Jaime Azedo.

 

O Bloco de Esquerda, por sua vez, aposta no antigo autarca comunista de Nisa José Manuel Basso.

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