As directivas dadas aos hospitais para o próximo ano são claras: reduzir o número de camas. Mas esse é um processo que já está em marcha, como o comprova o relatório da Comissão Europeia, no âmbito da sexta avaliação do programa de ajustamento português, divulgado esta sexta-feira.

Desde 2011, os hospitais já cortaram cerca de 1.000 camas, assim como reduziram o número de horas extraordinárias, fruto da fusão e fecho de alguns departamentos hospitalares.

A redução de camas nos hospitais consegue-se também graças à aposta nos cuidados de ambulatório, em detrimento do internamento. Ou seja, os hospitais optam por fazer cirurgias com um período de permanência no hospital mais curto, e com menos custos, e o Ministério da Saúde aconselha ainda aos hospitais a enviarem os doentes para consultas nos cuidados de saúde primários (centros de saúde) sempre que seja possível.

Porém, de acordo com os últimos dados da OCDE, Portugal é um dos países com menos camas por mil habitantes da Europa.