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Governo não exclui nenhuma hipótese na saída do programa de ajustamento

Maria Luís Albuquerque recusou esta quinta-feira "fechar a porta" a qualquer opção de saída do programa de ajustamento da troika.

Bruno Simão/Negócios
23 de Janeiro de 2014 às 21:17
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A escolha só será realizada “mais próximo do fim do resgate” (17 de Maio de 2014) e na posse de mais informações, esclareceu a ministra das Finanças em entrevista concedida à TVI, referindo-se aos dados do produto interno bruto (PIB) de 2013 e à evolução das taxas de juros da dívida portuguesa. Antes de qualquer decisão sobre a saída do programa de ajustamento, prosseguiu a responsável pela pasta das Finanças, Portugal irá ao mercado realizar novas emissões de dívida.

 

A entrevista de Maria Luís Albuquerque foi concedida no dia em que foram conhecidos os números da execução orçamental de 2013. Estes mostram que o défice das Administrações Públicas se fixou em 7.152 milhões de euros, segundo os critérios definidos pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), ou seja, 1.749 milhões de euros abaixo do limite. Na posse destes números, a ministra das Finanças acredita que o défice orçamental de 2013 deverá ficar em torno do 5%. O valor é inferior ao definido com a troika mas Maria Luís Albuquerque fez questão de sublinhar que o País “está longe do equilíbrio orçamental”.

 

Recusou, assim, falar em descidas de impostos ou em alívio das medidas de austeridade, afirmando que "há ainda um longo caminho a percorrer". A responsável sublinhou mesmo que Portugal "não voltará ao que era". "Essa realidade já não existe. A nova realidade exige maior disciplina orçamental mas que não é incompatível com o crescimento”, disse. 

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