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Citi prevê reestruturação dos prazos do empréstimo a Portugal

Portugal terá de adiar o regresso aos mercados segundo prevêem os analistas do banco norte-americano que consideram "insustentável" a trajectória orçamental escolhida para Portugal.

27 de Novembro de 2012 às 12:09
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O Citigroup acredita que Portugal terá de prolongar o programa de ajuda ao financiamento externo acordado com a troika internacional, já que não acredita que o programa permita um regresso integral aos mercados em 2014.

"Há muito que defendemos que a trajectória orçamental de Portugal e Irlanda é insustentável", mesmo que ambos os países estejam a cumprir as condições do programa de ajustamento, lê-se na nota de análise do Citigroup com data de segunda-feira, dia 26 de Novembro.

"Em ambos os casos, esperamos extensões dos programas de resgate existentes", referem os analistas que lembram os efeitos contraccionistas da redução da despesa pública e do endividamento no sector privado.

O Citigroup prevê uma contracção de 4,6% do produto interno bruto português (PIB) em 2013 e de 2,4% em 2014 e a "fadiga causada pela austeridade está a crescer rapidamente", salienta. A dívida pública deverá crescer para um valor equivalente a 140% do PIB até 2014, sem reestruturação, estima o banco.

A extensão do programa de ajustamento português consiste numa "reestruturação" das maturidades da dívida e essa é uma perspectiva que o Citigroup tem para Portugal e Irlanda, ainda que a economia vizinha do Reino Unido esteja em melhores condições do que a portuguesa.

Espanha e Itália também terão de contrair um empréstimo junto dos parceiros da União Europeia, prevê o banco de investimento, pelo que são já quatro os países que os analistas acreditam vir a “reestruturar” as condições em que se financiam.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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