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CGTP acusa Governo de manipular dados do desemprego e omitir austeridade

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou hoje o Governo de manipular os dados relativos ao desemprego, de omitir as futuras medidas de austeridade e de fazer propaganda com previsões de crescimento económico incompatíveis com a realidade.

28 de Fevereiro de 2014 às 21:46
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"Estamos perante uma manobra de manipulação. Quando o Governo revê em baixa as previsões para o desemprego não conta com o aumento da emigração, dos inactivos e dos desempregados colocados em programas de estágios e de formação", disse o sindicalista à agência Lusa. 

 

O Governo reviu hoje em alta as estimativas económicas para 2014, esperando agora que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,2% e que a taxa de desemprego seja de 15,7% este ano.

A anterior estimativa do Governo era de um crescimento do PIB de 0,8% e de uma taxa de desemprego de 16,8%.

 

"O Governo troca a realidade pelos seus desejos", considerou Arménio Carlos, questionando a compatibilidade das novas previsões do Governo com a redução dos salários e das pensões e consequente quebra no consumo.

 

O sindicalista lembrou que apenas 4.000 trabalhadores foram abrangidos em Janeiro por acordos de contratação colectiva que lhes possibilitaram aumentos salariais e salientou a existência de 1,4 milhões de desempregados, dois terços dos quais sem qualquer protecção social.

 

"O Governo omitiu ainda que novas medidas de austeridade vai tomar, nomeadamente de redução dos salários na administração pública, por via de uma tabela salarial e de suplementos única", disse, acrescentando que o que se pode concluir dos anúncios do executivo é que as medidas de austeridade que eram provisórias vão ser definitivas.

 

Os resultados da 11.ª avaliação ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) foram hoje apresentados pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, pelo secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, e pelo ministro-adjunto do vice-primeiro-ministro, Miguel Morais Leitão, na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa.

A 11.ª avaliação regular ao PAEF começou na quinta-feira da semana passada, tendo terminado hoje. Este é o penúltimo exame regular ao programa de resgate português.

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