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Espanha e Itália vão pedir ajuda externa?

Um pedido de assistência externa por Espanha é, na opinião da maior parte dos especialistas, uma inevitabilidade. Falta saber quando, como e mediante que contrapartidas. A Itália está numa situação mais robusta, mas pode ser "arrastada" por Madrid. As eleições de Fevereiro podem trazer uma incerteza capaz de testar o optimismo injectado pelo plano do BCE.

27 de Dezembro de 2012 às 12:00
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Um pedido de assistência externa por Espanha é, na opinião da maior parte dos especialistas, uma inevitabilidade. Falta saber quando, como e mediante que contrapartidas. A Itália está numa situação mais robusta, mas pode ser "arrastada" por Madrid. As eleições de Fevereiro podem trazer uma incerteza capaz de testar o optimismo injectado pelo plano do BCE.

Espanha pareceu, em vários momentos em 2012, na iminência de perder o acesso ao mercado. Mesmo depois de obter um acordo europeu para emprestar até 100 mil milhões para a banca. Mas o país resistiu, "comprando tempo" com a emissão de obrigações em prazos mais curtos e valendo-se do apoio dos bancos nacionais.

O plano do BCE veio dar confiança quanto ao futuro do euro e "assustou" quem investe na queda dos títulos. A estratégia em 2013 será a mesma, mas vários especialistas, como Andrew Balls, da PIMCO, dizem que "as elevadas necessidades de financiamento tornam o pedido de ajuda externa muito provável".

Mas não será um plano semelhante ao português. Espanha continua no mercado, apoiada pelo programa do BCE (ou, pelo menos, o conforto de que este intervenha a qualquer momento no mercado), e com uma linha preventiva do Mecanismo Europeu de Estabilidade, que poderá participar nos leilões. Em Itália, pode acontecer o mesmo, se os juros voltarem a subir. Mas se o resultado das eleições for favorável à continuação das reformas no país, é mais provável que Itália mantenha o acesso ao mercado.

 

A Grécia vai permanecer na Zona Euro?

O facto de estarmos a chegar ao final de 2012 e a Grécia ainda continuar na Zona Euro surpreende vários economistas e comentadores de renome, que apostaram no ano passado que a Zona Euro ia perder um membro em 2012. O comissário europeu, Olli Rehn, chamou-lhes "Cassandras", numa conferência de imprensa que se seguiu ao desbloqueio da tranche que estava pendente há vários meses. A Europa deu à Grécia condições mais suaves no custo do resgate e, sobretudo, no calendário de reembolso da ajuda externa. E a Alemanha indicou até, nas entrelinhas, que poderá estar disposta a aceitar um "perdão" da dívida que a Grécia tem perante os parceiros europeus. Mas a grande questão é se o povo continuará a defender a permanência no euro, dada a dureza do ajustamento.

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