Notícia
Lojas com história
O livro “Lojas Históricas em Lisboa” é um pequeno álbum ilustrado pelos observadores da Urban Sketchers Portugal, que foram desafiados pelo Círculo de Lojas de Carácter e Tradição de Lisboa
Uma quarta de manteiga e um litro de feijão-manteiga." Estes eram pedidos habituais das freguesas da mercearia do Sr. António, em Lisboa. Quase ao lado, ficava o talho do Sr. Júlio, o preferido de toda a gente para cortar iscas, que ele deixava fininhas como folhas de papel, conta o olisipógrafo Appio Sottomayor, no livro "Lojas Históricas em Lisboa", um pequeno álbum ilustrado pelos observadores da Urban Sketchers Portugal (USkP), que foram desafiados pelo Círculo das Lojas de Carácter e Tradição de Lisboa.
Fachadas, interiores, maquinarias, letras e gentes das lojas com história aparecem desenhados à mão neste livro que tem a chancela da Zest Books. As ilustrações são acompanhadas por textos de Miguel de Sepúlveda Velloso e Paulo Ferrero. No pequeno álbum ilustrado, encontramos, por exemplo, a Caza das Vellas Loreto, criada no ano da revolução francesa, em 1789, com o objectivo de iluminar com velas as ruas da cidade de Lisboa. Meios como o gás e a electricidade só muitos anos mais tarde chegariam a Portugal, salienta a loja no seu site. Naquela casa, há velas para todos os gostos. Velas de aniversário, velas de baptizado, velas de culto, velas aromáticas ou mesmo velas feitas à medida.
Distinguida pela Lisbon Lux Magazine como uma das "dez lojas mais belas de Lisboa", a Caza das Vellas Loreto mantém-se na mão da mesma família (Sá Pereira) desde a sua fundação, há quase 230 anos, refere a publicação editada pela Zest Books. Nesta loja de peregrinação, "sentimo-nos como numa pequena igreja de uma nave: a imensa vela que cá fora faz de guardiã ao templo; a pequena porta que temos de abrir para entrarmos na cápsula do tempo, isolando-nos do frenesim da cidade; os armários neogóticos; o relógio sobre o arco, marcando o tempo", lê-se no álbum "Lojas Históricas em Lisboa".
O livro ilustrado pelos Urban Sketchers inclui muitas outras lojas, como A Carioca, na Rua da Misericórdia, uma das últimas torrefactoras de Lisboa, o Armazém das Malhas, na Rua do Forno Tijolo, a retrosaria Arqui Chique, na Rua da Conceição, ou não fosse Lisboa a cidade das retrosarias, "essas lojas forradas a caixas onde espreitam botões de todas as cores e formas, repletas de tecidos, borlas, franjas, tarjas, fitas de seda".
Ao todo, o livro apresenta 40 lojas históricas, partilhando curiosidades sobre cada uma delas. "Modernizadas, modificadas muitas delas nos usos e nos produtos, as lojas continuam, indubitavelmente, a fazer parte integrante de uma cidade e do seu património. Têm, lá por dentro, inúmeras histórias para contar e são, portanto, elas próprias capítulos da nossa história citadina. Ora, esta não pode ser desprezada, sob pena de deixarmos de ter personalidade própria. E há, felizmente, muito bom cidadão que não quer cair nesse limbo", escreve Appio Sottomayor.
Fachadas, interiores, maquinarias, letras e gentes das lojas com história aparecem desenhados à mão neste livro que tem a chancela da Zest Books. As ilustrações são acompanhadas por textos de Miguel de Sepúlveda Velloso e Paulo Ferrero. No pequeno álbum ilustrado, encontramos, por exemplo, a Caza das Vellas Loreto, criada no ano da revolução francesa, em 1789, com o objectivo de iluminar com velas as ruas da cidade de Lisboa. Meios como o gás e a electricidade só muitos anos mais tarde chegariam a Portugal, salienta a loja no seu site. Naquela casa, há velas para todos os gostos. Velas de aniversário, velas de baptizado, velas de culto, velas aromáticas ou mesmo velas feitas à medida.
O livro ilustrado pelos Urban Sketchers inclui muitas outras lojas, como A Carioca, na Rua da Misericórdia, uma das últimas torrefactoras de Lisboa, o Armazém das Malhas, na Rua do Forno Tijolo, a retrosaria Arqui Chique, na Rua da Conceição, ou não fosse Lisboa a cidade das retrosarias, "essas lojas forradas a caixas onde espreitam botões de todas as cores e formas, repletas de tecidos, borlas, franjas, tarjas, fitas de seda".
Ao todo, o livro apresenta 40 lojas históricas, partilhando curiosidades sobre cada uma delas. "Modernizadas, modificadas muitas delas nos usos e nos produtos, as lojas continuam, indubitavelmente, a fazer parte integrante de uma cidade e do seu património. Têm, lá por dentro, inúmeras histórias para contar e são, portanto, elas próprias capítulos da nossa história citadina. Ora, esta não pode ser desprezada, sob pena de deixarmos de ter personalidade própria. E há, felizmente, muito bom cidadão que não quer cair nesse limbo", escreve Appio Sottomayor.