De um lado, há os que lhe chamam a cidade-Estado do luxo mas também do exagero, onde coisas comuns como beber ou comer nos transportes públicos não é permitido; do outro, existem aqueles que se deixam ir e acabam por surpreender-se com tudo o que Singapura tem para dar. É o país das regras e das multas, mas é também o sítio mais limpo onde já estive: não há ponta de lixo nas ruas.

Comer pastilha ou, pior ainda, atirá-la para o chão, cuspir, fumar em alguns sítios, mesmo que na rua, gestos que todos achamos tão pouco civilizados mas que aqui e ali vamos vendo, são proibidos em Singapura. Como o é o hábito tão português de passar fora da passadeira ou com o vermelho no semáforo. Tenha em atenção que a cidade está cheia (e é mesmo assim!) de câmaras de vigilância, pelo que nem sempre é preciso ver polícias para saber que "estão" lá.

As regras são, no fundo, um ponto turístico deste seguro Estado asiático, mas não são o único chamariz de Singapura, onde os arranha-céus dominam e onde uma ilha, a Sentosa, promete animar crescidos, mas sobretudo miúdos. A Sentosa é um gigante parque de diversões, com uma praia de dois quilómetros e muitos motivos de atracção. Os estúdios da Universal (entrada 35 euros) são apenas um deles.


Com a certeza de ter muito para visitar na Sentosa, voltemos ao continente e, se a passagem por Singapura for rápida, aproveite para fazer um passeio no rio, onde ficará com uma ideia do que o país tem para lhe dar.

Subir ao último andar do Marina Bay Sands promete-lhe vistas incríveis desde o seu jardim suspenso entre as três torres. Contemplar Singapura de cima é encantador, sobretudo à noite. O Singapore flyer, e o seu enorme jogo de luzes, enchem a cidade e chamam-no para uma diversão imperdível na maior roda gigante do mundo. No passeio, que terá a duração de meia hora, poderá contemplar Singapura de vários ângulos e há pontos que vão sobressair.

O "gardens by the bay", uma enorme mancha verde, será claramente um deles. É um jardim bonito e onde todos os dias, pelas 20 horas, há um espectáculo de luzes com músicas da Disney, que o vão prender.


Partir sem uma fotografia com o Merlion, o leão que é o símbolo de Singapura, torna a sua viagem incompleta, como fica se não deambular pela "Orchard road", uma avenida com quatro quilómetros de centro comerciais e onde se precipitam carros de luxo. No ambiente oposto, a Chinatown ou a Little India de Singapura também merecem uma visita, sendo dois bons locais para comer a preços acessíveis. Entre igrejas, templos budistas e hindus, esta cidade-Estado tem experiências novas para oferecer e onde tudo é "mais", como o Aeroporto de Changi, votado como o melhor do mundo. Não acredita? Pode ir ao cinema, teatro, aproveitar vários espaços verdes, visitar um jardim de borboletas e as crianças têm à disposição o maior escorrega de Singapura. Um aeroporto de paragem obrigatória.


Como ir

A Singapore Airlines é uma das mais conceituadas companhias aéreas do mundo e pode embarcar nela desde a maioria das grandes capitais europeias, ou pode optar pela Emirates, com escala no Dubai. Outra alternativa é viajar para Kuala Lumpur e fazer por terra os 350 quilómetros que separam as duas cidades. A viagem é muito agradável e ainda pode parar na encantadora Malaca pelo caminho.

Moeda e língua

São quatro as línguas reconhecidas pelo governo, das quais o inglês é a mais comum e utilizada em termos turísticos, embora a oficial seja o malaio. O mandarim e o talim também são usados por boa parte da população. A moeda utilizada é o dólar de Singapura. 1€ - 1,51 SGD

Onde ficar

Se é para viver uma experiência inolvidável, aposte no Marina Bay Sands, com uma piscina de beiral infinito no último piso e com vistas únicas sobre Singapura, especialmente à noite. Estando ali, tem acesso a um centro comercial de luxo e a um casino de renome mundial. Uma noite para um casal custa 350 euros.