Notícia
O facilitador é o personagem central da vida política portuguesa
Nuno Artur Silva não foi à escola no 25 de Abril de 74. A mãe ficou aliviada: "Já não vais à tropa". Jogou à bola quando devia ler "O Capital", foi professor de português, sublinhou para os alunos, entre outras, a palavra "iglantónico", de Dinis Machado, no livro "O que Diz Molero". Uma coisa iglantónica é uma coisa extraordinária, sem dimensão, surreal. Foi mais ou menos o que aconteceu neste país em 40 anos. O mapa é o mesmo e Portugal não é o mesmo. Quatro fases (segundo ele). Quais são as grandes personagens deste enredo que é o nosso? E quais são as mudanças, recorrências, retrocessos? Para Nuno Artur Silva, há o tipo que tem a chave da casa de banho, o austero e honrado pai de família, o pachola... É fundador e director-geral das Produções Fictícias (o viveiro criativo de onde saíram personagens como o Diácono Remédios, os Gato Fedorento, que descobriu Bruno Nogueira...). É director do Canal Q. É também aquele gajo que aparece na televisão a moderar o "Eixo do Mal" e a dizer umas piadolas (como "armani ao pingarelho").
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“Onde é que estavas no 25 de Abril?”, dizia um personagem interpretado por Herman José no “Herman Enciclopédia”. Comecemos por aí para falar da revolução.
O Eduardo Madeira e o Henrique Dias trouxeram-me um texto divertidíssimo em que havia um personagem chamado Artista Bastos, que era uma paródia [ao Baptista-Bastos]. Fizemos uma vez e foi tão hilariante que decidimos repeti-lo.