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O tempo das feiras de arte, antiguidades e relógios

A Europa dos amantes e dos investidores em arte, antiguidades e relógios entra agora em grande agitação. As grandes feiras e salões começam em breve e exigem a presença dos que procuram valor.

24 de Fevereiro de 2018 às 09:00
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Para os amantes das artes e do investimento em bens de luxo, começa em Março, e prolonga-se até Julho, um tempo extremamente movimentado e, na maior parte das vezes, prudentemente animado. Os grandes leilões, da pintura contemporânea aos automóveis de colecção, estão anunciados. Galerias, "showrooms", marcas e criadores estão em pleno processo de comunicação. Mas, acima de tudo, enceta-se o tempo das grandes feiras. Aliás, abriu esta semana a ARCO Madrid, uma das mais importantes na Europa, que terá a sua edição de Lisboa no mês de Maio.

De entre o enorme conjunto de acontecimentos de elevada qualidade, há dois, a TEFAF e o Baselworld, que merecem especial relevo. A TEFAF, que se realiza de 10 a 18 de Março, em Maastricht, na Holanda, é um caso extremamente curioso. Sendo uma das mais antigas feiras de arte e de antiguidades do mundo, a TEFAF durante alguns anos, sensivelmente até 2010, foi acusada de envelhecimento, especialmente depois do surgimento de "happenings" muito animados, como é o caso da Frieze.

A fórmula TEFAF para conseguir manter o seu estatuto de feira mais importante baseia-se na amplitude da oferta e na qualidade. Desde o princípio, a TEFAF apostou em reunir arte, antiguidades e design, mais recentemente. A capacidade de reunir três mundos que se separam cada vez mais é um feito notável dos curadores da feira, e um trunfo difícil de repetir por outras organizações.

Ao garantir a inclusão dos três sectores, a feira consegue reunir os melhores "dealers", garantindo assim um trunfo fundamental. Ao que o visitante tem acesso, todos os anos, a uma quantidade fabulosa de grandes peças, sejam elas do período grego, no caso das antiguidades, ou dos anos dos velhos mestres, no caso da pintura.

Uma terceira dimensão a ter em conta na feira é a enorme extensão da oferta, já que além das obras-primas, há sempre trabalhos em temas mais de nicho, como é o caso do desenho ou das moedas antigas. Enfim, para os amantes da arte e das antiguidades, a TEFAF é uma paragem prioritária.

A 22 de Março, em Basileia, na Suíça, começa o primeiro dos dois acontecimentos de topo para os amantes da nobre arte da relojoaria. A Baselworld, que há anos divide a liderança das feiras de relógios com o Salão de Genebra, é, acima de tudo, um espaço de descoberta. O grande triunfo da feira é o de conseguir ser um espaço único para a oferta e para a procura. Para o primeiro grupo, a feira é o momento anual de mostra das suas novas criações. Aqui, estamos a falar das marcas de topo, mas também dos artesãos independentes, que têm cada vez mais importância.

Falamos, então, de um espaço onde surgem todas as novidades. Mas, para a procura, é também um momento crucial. É o tempo das novas descobertas e da avaliação de valor, para futuros investimentos. De novo, uma viagem que não deve ser adiada.


Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.


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