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Marraquexe: O mundo encantado

Tão perto de Portugal e tão distante culturalmente, esta é uma cidade que vale (muito) a pena conhecer. A Jemaa El-Fna tem fama mundial. E é merecido. Tudo acontece por ali.

19 de Março de 2017 às 10:00
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A terceira maior cidade de Marrocos, depois da capital Rabat e de Casablanca, é, acima de tudo, um local que nos transporta para o imaginário da magia, onde os encantadores de serpente fascinam os turistas que passeiam pela Jemaa El-Fna, Património da Humanidade pela Unesco, e que é considerada o centro da cidade, porque é ali que tudo acontece.

A praça não dorme mas sofre mutações, num constante frenesim e em ambiente de verdadeira loucura. Os aguadeiros que por ali andam de manhã, com as suas roupas coloridas, dividem o espaço com vendedores de frutos secos ou de apetitosos e baratos sumos de laranja natural. Antes de anoitecer, sente-se num dos terraços dos cafés situados na emblemática praça, peça um chá de menta e assista à mudança radical. É inesquecível.

Assim que se o sol se põe, a Jemaa El-Fna ganha uma nova dimensão e nada fica igual. Há contadores de histórias, vendem-se dentes e dentaduras postiças (!), pintam-se henas nas mãos, e montam-se restaurantes no meio da multidão.

Uma visita a Marraquexe não fica completa sem que se perca nas ruas labirínticas da medina, mas faça-o com as normais precauções, mesmo sabendo que não faltam polícias à paisana, e que a cidade não é conhecida pela criminalidade.

Um dos pontos altos de Marraquexe é a mesquita de Koutobia, cujo minarete, um dos maiores de Marrocos, é visível de qualquer ponto da cidade. Dali é possível escutar (e bem) a chamada para o "adhan", a oração do islão.


Se nunca viajou para fora da Europa, prepare-se para emoções fortes. O caos parece dominar, mas a verdade é que existem cantos relaxantes para descansar. O Jardim Majorelle é um deles.


Entre os passeios na medina onde pode observar o contraste das cores fortes das especiarias ou do artesanato com o tom avermelhado das construções, não perca a oportunidade de visitar os túmulos Saadianos, o museu de Marraquexe, a mesquita Ben Youssef ou o jardim Majorelle, mais conhecido como o jardim Yves Saint Laurent, onde estão as cinzas do conhecido estilista, que foi o seu proprietário desde 1980. Este é um ponto de encontro de flores exóticas, mas é também um refúgio de paz no caos de Marraquexe. E por falar em caos… uma das principais medidas que terá de adoptar ao andar pela medina é aprender a conviver com as (muitas!) motorizadas que por ali andam, sem regra. Não tente desviar-se, caminhe normalmente mas com cautela, e não atrapalhe. É um segredo de sobrevivência.

Para quem nunca saiu da Europa, a cidade encanta e promete emoções fortes. Como a que vai viver se for a uma "fábrica" a céu aberto de curtumes e onde o ramo de hortelã que lhe vão dar será o melhor aliado para enfrentar o odor forte.

As diferenças culturais são grandes, mas rapidamente se adaptará a um mundo novo e tão perto da Europa.


Como ir

A Tap tem voos directos a partir de Lisboa e demoram 1h40. A viagem vai custar entre 150 e 200 euros, dependendo da altura em que viajar e da antecedência com que a comprar. Se quiser poupar na viagem, tenha a Iberia como uma boa opção, mesmo sabendo que fará escala em Madrid.

Onde ficar

Para viver o ambiente marroquino, opte por ficar num Riad, que são antigos palácios convertidos em negócios familiares, e que são decorados a rigor. Alguns têm regras diferentes. Exemplo? Se lhe disserem que a enorme e exótica porta de madeira do seu quarto não tem chave e que, mesmo assim, está em segurança, tem uma de duas opções: ou sai ou aceita resignado.

Língua e moeda

Há duas línguas oficiais: o árabe tradicional e o "darija", que é o árabe marroquino. A maioria das pessoas fala francês e muitas o inglês. A moeda usada é o "dirham marroquino" e a conversão é simples: 1€ - 10 Dirham.


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