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Maria Nunes Pereira: "Não me sinto numa geração à rasca"
Temos o complexo de sermos pequeninos. Se alguém faz alguma coisa fora do normal, é sempre extraordinário. Em pequena, Maria tinha medo de bisturis. Cientista feita, criou um adesivo que funciona como uma cola cirúrgica e que permite reparar defeitos cardiovasculares em bebés, evitando suturas, afastando os bisturis. O invento levou o nome da Maria Nunes Pereira até à lista anual dos inovadores com menos de 35 anos da MIT Technology Review. Já este ano, a investigadora portuguesa foi distinguida pela revista Forbes como umas das jovens de maior talento na área dos cuidados de saúde. Reconhecimentos tão fortes que até assustam. Um bocadinho, diz. Maria, 29 anos, cresceu em Leiria, licenciou-se em Ciências Farmacêuticas em Coimbra, estudou Sistemas de Bioengenharia ao abrigo do programa MIT-Portugal. Esteve em Boston, trabalha em Paris, vem a Lisboa quase todos os meses. Gostaria de voltar. "Se este é o momento certo? Se calhar, não".
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Foi distinguida pela revista Forbes como umas das jovens de maior talento na área dos cuidados de saúde. E foi a primeira portuguesa a integrar a lista anual de inovadores com menos de 35 anos da MIT Technology Review. É uma responsabilidade muito grande?
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