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Maria Amélia Martins-Loução: “A biodiversidade é um parente pobre do ambiente”

As alterações climáticas tomaram a parte grande do falatório mediático e social, e a biodiversidade como um todo tende a ser menosprezada, diz a bióloga Maria Amélia Martins-Loução, distinguida com o Grande Prémio Ciência 2021. “Há uma disrupção terrível da paisagem e do ordenamento do território, e isso confrange-me”.
Lúcia Crespo e Bruno Colaço - Fotografia 21 de Janeiro de 2022 às 11:00

O pai pensou sempre que a filha seguiria Medicina. Maria Amélia Martins-Loução optou pela Biologia. Receava que a Medicina pudesse significar uma vida de total sacerdócio. Mas o mundo da Biologia acabou por ser uma missão também. É assim que sente o seu trabalho e é assim que tem sido reconhecido. Foi distinguida com o Grande Prémio Ciência 2021, pela "promoção da cultura científica enquanto professora, bióloga e divulgadora na área da ecologia". Professora catedrática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Maria Amélia Martins-Loução foi diretora do Jardim Botânico e presidente da direção do Museu Nacional de História Natural. Preside à Sociedade Portuguesa de Ecologia, é investigadora no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Globais (cE3c) e autora de livros como "Riscos Globais e Biodiversidade".

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