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Lisboa: O círculo alternativo das galerias de arte

Eis o retrato de uma Lisboa que se afirma como alternativa a Londres ou Berlim para a abertura de novas galerias. O preço do imobiliário é um atractivo, a ArcoLisboa, uma rampa. Quem vende, quem compra, por que preço, onde? Já há respostas para um percurso que, mesmo com barreiras, promete não parar por aqui.

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"Cada vez que cá venho, gosto mais disto." Francisco Fino não esconde o sorriso na hora de mostrar a sua nova galeria. Na Capitão Leitão, em Marvila. Na mesma rua já estão as galerias Baginski e Múrias Centeno. A procura arrancou há mais de um ano. "Comecei no centro de Lisboa. Para o programa e ideia de galeria que queria desenvolver, não conseguia encontrar um espaço", conta. Tentou depois a sorte numa zona que pouco conhecia. "Comecei literalmente a bater de porta em porta." E achou. Pagou 200 mil euros por um espaço com cerca de 500 metros quadrados, que vai inaugurar a 15 de Maio. "Nos últimos meses, já me ofereceram três ou quatro vezes mais do que aquilo que paguei pelo espaço. É evidente que não vou vender", assegura.

Este é apenas um dos casos a evidenciar uma nova dinâmica em Lisboa: a afirmação da cidade a nível cultural e, mais concretamente, nas artes plásticas. Desde o final de 2014, é possível contar a abertura de pelo menos duas dezenas de galerias de arte contemporânea. No número contam-se as duas que abrem portas na antevisão da ArcoLisboa, feira de arte que decorre de 17 a 21 de Maio na Cordoaria Nacional: a portuguesa Francisco Fino e a espanhola Maisterravalbuena, que escolheu Alvalade para a estreia no país.

Madragoa, Mute, Pedro Alfacinha, Barbado, Bessa Artes, Acervo, The Switch, Gabinete ou Foco são apenas alguns dos exemplos de galerias que abriram ao longo dos últimos dois anos e meio na capital. O balanço integra as associações culturais e espaços temporários ou expositivos sem fins lucrativos como a Zaratan, o Hangar ou A Ilha. A que acrescem duas apostas municipais, a Galeria Avenida da Índia e as Carpintarias de São Lázaro - a última inaugurada em Fevereiro.


Desde o final de 2014, abriram mais de 20 galerias de arte contemporânea em Lisboa. Duas fazem-no em antevisão à ArcoLisboa. Na lista está a espanhola Maisterravalbuena. 


"Acho que a concorrência é positiva. Quantos mais espaços existirem, melhor. Não só vão atrair curadores como coleccionadores. Qualquer coisa está a mexer, evidentemente", perspectiva Francisco Fino. Para a existência de mais de meia centena de galerias em Lisboa, bem como para os planos de instalação de novas, muito conta o preço do imobiliário.

Numa altura em que há pequenos projectos a fechar em Londres, Nova Iorque ou Berlim - mais reconhecidas artisticamente que Lisboa - a capital lusa tem uma oportunidade para se afirmar. "Conheço coleccionadores que decidiram fazer a sua primeira residência em Lisboa. Suecos ou franceses, por exemplo. Já ouvi dizer que é possível que abram outras galerias internacionais muito, muito em breve", acrescenta.

Centralidade em descoberta

Depois de anos de abandono e degradação do património, Marvila é uma das áreas mais promissoras para se apresentar como uma nova centralidade cultural. A freguesia lisboeta está a transformar-se num destino para a "instalação de ateliês de arquitectura, restaurantes, ginásios e actividades culturais e artísticas", explica Fernando Vasco Costa, responsável pela área de desenvolvimento da consultora imobiliária JLL.

À boleia da vizinhança do novo "hub" empreendedor no Beato e de um projecto residencial em Braço de Prata, o preço do metro quadrado para venda em Marvila tem vindo a subir. Contudo, esta área é ainda a mais barata da capital: 1.398 euros. Menos de metade que os valores por metro quadrado pedidos nas freguesias da Misericórdia (3.444 euros) e de Santa Maria Maior (3.272 euros), correspondentes às zonas da Baixa, Chiado, Bairro Alto ou Alfama, mostram os dados da Confidencial Imobiliário. São zonas com maior tradição no campo da arte, onde continuam a surgir novos projectos. No Chiado, por exemplo, foi inaugurado esta semana um novo hotel dedicado à arte contemporânea: o Le Consulat conta com suites decoradas em parceria com as principais galerias de arte lusas.

Fancisco Fino
Francisco Fino torna real um sonho que o acompanha desde os tempos em que estudou nos Estados Unidos da América. O plano inicial era abrir uma galeria em Nova Iorque. Ideia que se mostrou "financeiramente inviável", diz. No regresso a Portugal, começou a explorar se havia espaço para uma nova galeria, desenvolvendo projectos independentes. Com eles, outra das metas passava por "dar mais abertura e facilidade em convidar artistas estrangeiros para virem mostrar em Portugal e criar uma relação com eles". Na exposição que inaugurará o espaço em Marvila, contam-se mais de uma dezena de artistas. Entre eles, Adrien Missika, Karlos Gil, Tris Vonna-Michell, Gabriel Abrantes ou Vasco Araújo. As peças podem variar entre os mil e os 100 mil euros. "Tenho presente a linha de coleccionadores em que quero apostar. Estou a apostar totalmente na internacionalização da galeria e dos artistas", conta. Neste momento, há um equilíbrio entre os compradores portugueses e estrangeiros. Para Francisco Fino, "a arte não tem de ser um bem de luxo inacessível. Isso é um bicho que se criou." Por isso, o empresário espera criar pontes com o público em geral para que a galeria "não seja apenas um ponto de venda".


Mesmo com estas diferenças de preços, ainda assim, há quem decida não apostar já na zona mais barata. "Estive a minutos de assinar um contrato de um espaço em Marvila. Vivendo na Parede, quis facilitar a minha vida, pensando que a galeria pode existir fora do circuito habitual", conta Mikael Larsson.

"Não acho que uma galeria tenha de ter uma montra na Baixa ou numa avenida principal. Os projectos mais interessantes que surgem internacionalmente de jovens galerias, para mim, surgem de uma forma relaxada. Não há investimentos por aí além", remata.

Este sueco com raízes portuguesas optou por abrir a Hawaii-Lisbon na Parede, já no concelho de Cascais, numa antiga garagem. Investiu cinco mil euros e acredita que, se tivesse avançado em Marvila, esse valor poderia ter sido quatro vezes maior. "Este espaço tem 15 metros quadrados. O stand na ArcoLisboa vai ser maior", brinca.

Mikael Larsson trabalha a partir de casa. O acervo é noutro espaço. Quando precisa, leva as peças para a galeria. "É o que é. Não tenho grande preocupação. Estamos a promover jovens que, mais tarde ou mais cedo, vão lá chegar." O foco da Hawaii-Lisbon está nos artistas e clientes internacionais. "Se calhar, com este dinamismo de aberturas, vai criar-se um novo mercado. Internamente, o coleccionismo ainda é uma coisa muito camuflada. Parece que não há orgulho", lamenta.

O galerista - "bem, é uma forma muito romântica de dizer a coisa, somos negociadores de arte" - não deixa, todavia, a presença na cidade de Lisboa cair. Para 2019, Mikael está a estudar um novo espaço. "Ando a ver numa área que não foi totalmente dominada por lojas de design e cappuccinos caros", diz. Madragoa, bem perto da galeria com o mesmo nome fundada por Matteo Consonni e Gonçalo Jesus.


Feira, ponto de contacto

Os clientes estrangeiros são já a maior fatia. "Tenho-me aguentado também este tempo todo com alguns clientes portugueses que vivem cá, mas não trabalham no país", explica Cristina Guerra. É nas feiras que esta galerista, há 16 anos por conta própria, tem apostado. "É lá que conhecemos os clientes", garante. No dia da conversa com o Negócios, Cristina Guerra tinha de decidir se participaria numa mostra em Düsseldorf. A equipa alertava-a para os custos envolvidos. Dentro da sua cabeça, ela já tinha decidido que ia.

"Agora faço cinco feiras por ano. Nos bons tempos fiz nove. Depois vai aparecendo mais um ou outro projecto como este de Düsseldorf." A empresária está consciente dos custos envolvidos, agravados pela posição periférica de Portugal.

"Por 60 metros quadrados em Art Basel, tanto na Suíça como em Miami, o que gasto em hotéis, transportes e outras coisas, anda à volta de 100 mil euros. A média dos artistas portugueses, sem contar com os de topo, anda à volta dos 12 mil euros. Se metade é para o artista e metade para o galerista, para pagar 100 mil euros tenho de fazer mais de 200 mil, sem descontos", explica. Por isso, aconselha: "Uma galeria que não tem capacidade económica para ir a uma feira aqui ao lado, como em Madrid, tendo sido seleccionada, o melhor é fechar a porta."

Mikael Larsson
"Fiz alguma prática, tímida, como artista. Não vás ao Google." O pedido deste sueco não foi cumprido, claro. Apesar da origem, a infância teve lugar em Portugal, terra da mãe. Estudou cenografia para televisão e cinema, mas foi nas galerias de arte que acabaria a fazer carreira. "Para conseguires entrar neste universo, é preciso trabalhar em galerias como assistente técnico." Em Londres, passou pela Whitechapel Gallery e lançou um projecto para fazer a ponte com o mercado português, o The Mews Project Space. "Para ajudar a promover artistas portugueses em Inglaterra", lembra. A terceira gravidez da mulher ditou uma mudança de vida. Nova Iorque ainda esteve no horizonte, mas Lisboa ganhou. A Hawaii-Lisbon abriu em Outubro de 2016 numa antiga garagem na Parede, com 15 metros quadrados, onde se podem encontrar peças dos 3.500 aos 12 mil euros. Entre os artistas representados, contam-se Daniel van Straalen, Margarida Gouveia ou Alice Ronchi.

Na ArcoLisboa, vão estar 27 galerias portuguesas entre as 58 representadas na Cordoaria Nacional. Ao todo, mais de 13 países. Nesta segunda edição, diz o director Carlos Urroz, "o ponto de partida é mais positivo, com a cidade a responder melhor" após a experiência do ano passado.

Focada no mercado português, a mostra organizada pela IFEMA - Feria de Madrid representa um investimento de um milhão de euros. Depois dos 13 mil visitantes em 2016, e tendo em conta o espaço, há pouca margem para crescer em tamanho. Resta outra opção: a "qualidade dos conteúdos". Dependendo das características do stand, um galerista pode ter de pagar entre os oito e os 12 mil euros. Na secção Opening - dedicada a novas galerias, com menos de sete anos de existência - o valor é inferior.

"São três mil euros por 20 metros quadrados. É muito caro para uma secção de Opening. Muitas vezes não compensa. Para nós, jovens galerias, é importante cobrir os custos numa primeira fase", contextualiza Mikael Larsson, que integra a secção com a Hawaii-Lisbon. Mas há sempre a esperança de se fechar negócio. Até porque nesta ArcoLisboa estão previstos mais de 120 convidados, entre coleccionadores, directores de instituições, curadores e profissionais do mundo da arte.

Das paixões e colecções

"Comprar, guardar e revender daqui a dez anos não é algo que nos interessa. Isso pode destruir a carreira de um artista e também o percurso que a galeria faz com ele", começa por explicar Mikael Larsson sobre as compras feitas por investimento.

Para um negociador de arte, não é só uma questão de dinheiro. A prioridade é o trabalho para tornar o artista mais conhecido, criar nome. "Um galerista só pode sê-lo se gostar de arte. Gosto de trabalhar com os artistas. É esse diálogo que nos faz crescer", remata Cristina Guerra.

A experiência só está completa se, do outro lado da cadeia, estiverem também compradores. Todos são unânimes ao falar de uma nova geração de coleccionadores a aparecer em Portugal. "Especialmente gente que vem de consultoras, na casa dos 30 e 40 anos. Um compra, os outros vão atrás", conta Francisco Fino.

Desde que abriu a Hawaii-Lisbon, Mikael Larsson só vendeu a estrangeiros. Holandeses, alemães, ingleses ou italianos. São de uma nova geração, até aos 40 anos, e compram a título pessoal. "Em Portugal, não existe essa camada de jovens consumidores. E os coleccionadores que existem ainda são um bocadinho conservadores", traça.

Pela galeria de Cristina Guerra, no bairro da Estrela, já passaram médicos e advogados. Depois banqueiros e promotores imobiliários. "Hoje em dia, voltaram os médicos, mais jovens. Banqueiros é que não estou a ver nenhum. Estou à espera que apareçam", brinca.

Por saber que os coleccionadores nunca se ficam por uma só galeria, Cristina Guerra tem como hábito levá-los aos espaços de outros colegas em Lisboa. "É-me intrínseco. Somos todos concorrentes, mas não temos de nos agredir uns aos outros. E espero que me façam o mesmo."

Cristina Guerra
É uma das veteranas do negócio em Portugal. O pai era coleccionador. Ela quis estudar vulcanismo, mas acabou por aceitar um convite para trabalhar numa galeria. "É parecido. Tenho de investigar, encontrar o ponto de sensibilidade das pessoas", compara. Cristina Guerra não gosta do termo "indústrias criativas" e defende um papel diferente para a arte: "O artista é processo." Quando lançou a sua galeria, há 16 anos, a internacionalização era a prioridade. "Essa era a minha guerra, a minha batalha. A única forma de internacionalizar os artistas portugueses era combiná-los com os internacionais. Só assim conseguia bater-me, nas feiras, com as grandes galerias e conseguir captar a atenção dos compradores", recorda. No catálogo tem nomes como Julião Sarmento, Matt Mullican, Lawrence Weiner ou Erwin Wurm. As peças podem variar entre os 3.500 e os 500 mil euros. Por ano, Cristina Guerra diz registar um volume de vendas entre os 1,5 e os dois milhões de euros.

O negócio desenvolve-se pela rede de contactos, num país onde a realidade das colecções de arte empresariais ainda é envergonhada. A sociedade de advogados PLMJ é uma das excepções. A colecção da sua fundação, que vive apenas das dotações feitas pela empresa, conta já com 15 anos e mais de 1.200 obras.

Luís Sáragga Leal, presidente do conselho de administração de PLMJ, comprou os seus primeiros quadros pessoais a prestações. "Ainda os mantenho." Para a empresa onde trabalha levou a paixão pela arte. O escritório era novo e precisava de decoração. Ao início, o ritmo de compras foi intenso, depois abrandou. As primeiras obras foram escolhidas pelos colaboradores numa votação.

"Na altura, por muito optimistas que fossem as minhas previsões, não tinha a certeza da dimensão e da importância que a fundação e a colecção viriam a ter", revê. Depois de assumir as primeiras escolhas, o sócio da PLMJ optou por recorrer à ajuda de curadores. A colecção abarca obras dos anos 1980 até à actualidade, com pintura, desenho, escultura, fotografia e vídeo.

"Não é comum em Portugal, mas é frequente noutros países. Assumimos que fazia parte da nossa política de responsabilidade social, proporcionando melhores condições de trabalho aos nossos colaboradores e contribuindo para a divulgação de artistas portugueses. Aí podemos fazer a diferença, apoiando os jovens, que precisam de visibilidade. São os que nos dão maior desafio. Comprar artistas consagrados é só uma questão de dinheiro", sintetiza.

Dedicando "dezenas de milhares de euros" a esta causa, a PLMJ lançou um repto a outras empresas da Avenida da Liberdade, Avenida Fontes Pereira de Melo e Avenida da República para que encomendassem obras de arte e as doassem à cidade, tal como a sua sociedade fez, ao encomendar uma escultura de Rui Chafes para a principal via de Lisboa. Luís Sáragga Leal deixa a lamentação: "Se calhar, não lançámos o repto suficientemente alto para que tenha sido ouvido."

A escala da arte

Quando se estuda este mercado, uma das perguntas que surge é: qual o seu valor em Portugal? A questão fica sem resposta. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) não permitem perceber a escala do comércio de arte feito pelas galerias. O Ministério da Cultura, apesar dos contactos do Negócios, não respondeu à questão.

É também ao Governo que os galeristas apontam a necessidade de resolver um dos problemas em mãos: o regime de IVA. "Os artistas pagam 6% de IVA. Nós temos 23% sobre o lucro, o que dá uma média de 15%. Deveria baixar, e ser igual ao do livro. É uma luta que quero ter", diz Cristina Guerra. E uma das metas para uma associação nacional de galeristas que está a ser preparada.

"Não temos um museu onde se possa ver arte portuguesa contemporânea. O público não tem referências. Os políticos também deviam ser um bocadinho cultos e rodear-se de pessoas que tenham interesse por estas coisas. É tudo um bocadinho por pressão, porque é preciso, porque o turismo já não é só sol e praia e é preciso ter umas coisas à volta. Nada é consistente. Tudo o que nos rodeia económica e financeiramente é tão desastrado", queixa-se a galerista.


O mercado de compra e venda de arte vale cerca de 41 mil milhões de euros a nível global. Em Portugal, não há dados. Com um número diminuto de coleccionadores, o foco está em captar compradores estrangeiros. 


No seu ensaio "O Valor da Arte", o investigador José Carlos Pereira lembra que, independentemente da cor política, nenhum governo atribuiu mais de 1% do PIB ao orçamento para a cultura. "As artes plásticas e, particularmente a arte contemporânea, não foram ainda alvo de um plano concertado de promoção e divulgação internacional, embora o programa PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado) estipulasse o objectivo da internacionalização da cultura portuguesa", escreve o ainda professor da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Resta então consultar os dados mundiais para ter uma ideia da importância do negócio de compra e venda de arte. O último relatório da The European Fine Art Fair (TEFAF), relativo a 2016, mostra que o mercado da arte registou vendas totais de 45 mil milhões de dólares [cerca de 41 mil milhões de euros].

Face ao ano anterior, o indicador sobe 1,7% e leva a uma definição do sector como "estável e resiliente, assistindo a um crescimento positivo". Há outra tendência a definir-se: o peso dos leilões está a diminuir, com os compradores a virarem-se para os galeristas e para as vendas privadas, feitas através de negociadores de arte.

Os compradores estão a privilegiar o "apoio, transparência e discrição" fornecidos por galeristas e negociadores privados, que representam já 62,5% ou 27,9 mil milhões de dólares em vendas. Face a 2015, a sua subida no volume de vendas é de 20%. Metade destes profissionais trabalham na Europa e encontram nas feiras de arte o ponto privilegiado para angariar novos clientes, mostra o relatório da TEFAF.

O mercado online também tem vindo a reforçar posição, com vendas a atingir os 3.750 milhões de dólares ou 8,5% do total no ano passado.


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